Édouard Glissant

escritor, poeta, romancista, teatrólogo e ensaísta francês

Édouard Glissant (Sainte-Marie, Martinica, 21 de setembro de 1928 - Paris, 3 de fevereiro de 2011) foi um escritor, poeta, romancista, teatrólogo e ensaísta francês.

Édouard Glissant
Édouard Glissant
Nascimento 21 de setembro de 1928
Sainte-Marie, Martinica
Morte 3 de fevereiro de 2011 (82 anos)
Paris, França
Ocupação Escritor, poeta, romancista, teatrólogo, ensaísta
Prémios Prémio Renaudot 1958

Biografia editar

Doutor em Letras, publicou suas primeiras obras depois de seus estudos de etnografia no Museu do Homem e de história e filosofia na Sorbonne. No início, adepto das teses de negritude (conceito desenvolvido por Léopold Senghor em prol de um retorno às raízes africanas), elaborou o conceito de antilhanidade (valorização da cultura própria, nascida nas Antilhas, considerando o povo das ilhas "autônomo" culturalmente em relação a África) e de crioulização (valorização da cultura e língua crioula).

Aproximando-se das idéias de Frantz Fanon, fundou, com Paul Niger, em 1959 o Front antilho-guiano independantista, e mais tarde autonomista, o que causa seu exílio de 1959 à 1965. Voltou à Martinica em 1965 e fundou o Instituto Martiniquenho de Estudos e o periódico "Acoma" de ciências humanas. Algumas de suas obras, como o "Discours Antillais", são marcadas por este engajamento político.

Passou a atuar na UNESCO em função do seu trabalho, mudando-se para Nova York, onde desde 1995 era professor especial de literatura francesa na Universidade Municipal de Nova York.

Suas reflexões sobre a identidade antilhana inspiraram toda uma geração de escritores ao redor dos conceitos de crioulidade e antilhanidade, entre eles Patrick Chamoiseau, Ernest Pépin, Audrey Pulvar e Raphaël Confiant.

Esta antilhanidade seria forjada a partir da ideia de identidade múltipla ou identidade de raiz, aberta ao mundo e colocada em contato com outras culturas. É uma terceira via que ele criou diante das argumentações ao redor da ideia de negritude e escritor militante, procurou um viés poético da sobrevivências no seio da mundialização através do conceito de mundialidade. Sua influência na política martiniquenha continua forte nos meios ecológicos e independentistas.

Em janeiro de 2006, recebeu do presidente francês Jacques Chirac, na direção de uma missão para a criação de em centro nacional dedicado ao tráfico e à escravidão e em 2007, criou o Institut du tout-monde.

Bibliografia editar

  • Un champ d’îles
  • La Terre inquiète
  • Les Indes
  • La Terre inquiète', 1955
  • La Lézarde, 1958, Prêmio Renaudot
  • Le sel noir, 1960
  • Monsieur Toussaint, 1961
  • Le Quatrième Siècle, 1964
  • Un champ d’îles, La Terre inquiète, Les Indes, 1965
  • Le discours antillais, 1981
  • La case du commandeur, 1981
  • Poétique de la Relation, 1990
  • Tout-Monde, 1993
  • Traité du Tout-Monde, 1997
  • Mahagony, 1997
  • Malemort, 1997
  • Le quatrième siècle, 1997
  • Sartorius..., 1999
  • Le monde incréé, 2000
  • Pays rêvé, pays réel, 2000
  • Ormérod, 2003
  • La cohée du lamentin, 2004
  • Une Nouvelle région du monde. Esthétique 1, 2006

Ligações Externas editar