A5 (autoestrada)

autoestrada em Portugal
 Nota: Para outros significados, veja A5 (estrada).

A A5 ou Autoestrada da Costa do Estoril[3] é uma autoestrada portuguesa, que liga Lisboa com Cascais, ligando a costa litoral sul do norte da Área Metropolitana de Lisboa, tendo uma extensão total de 25 km.


A5

IC15


Autoestrada da Costa do Estoril

Portugal
Mapa

Mapa da autoestrada A5
Tipo Autoestrada
Extensão 25 km
Orientação Nascente a Poente
Extremos
 • Nascente:
 • Poente:

Lisboa (Viaduto Duarte Pacheco)
Cascais (Aldeia de Juso)
Interseções  A 2 ,  A9 (CREL) ,  A16 ,  IP 7 , N 9, N 117, N 6-7, N 6-8, N 9-1, N 249-3, N 249-4
Concessionária Brisa Concessão Rodoviária
Viaduto Duarte Pacheco (A2/A5/IP7) – Cascais[1]
Regime Portagens (14 km)
Gratuito (11 km)
Tráfego médio diário 86 060[2] (Dezembro de 2017)

É a mais antiga autoestrada portuguesa, com o primeiro troço inaugurado em 1944 e totalmente concluída em 2015, sendo o eixo fundamental que liga Lisboa à Costa do Estoril e a Cascais, numa extensão de 25 km. A A5 coincide na totalidade da sua extensão com o Itinerário Complementar n.º 15 (IC15).

Esta autoestrada inicia-se no sopé da Serra de Monsanto, no limite urbano da cidade de Lisboa, e dirige-se rumo ao Vale do Jamor, onde encontra o Estádio Nacional do Jamor e se cruza com a A9 (CREL). À vista de vários parques de ciência e tecnologia, a A5 segue por Oeiras e pela zona balnear de Carcavelos e do Estoril para terminar a noroeste de Cascais, junto ao limite do Parque Natural de Sintra-Cascais e a escassos quilómetros da Costa Ocidental e da Praia do Guincho.

É explorada e mantida pela concessionária Brisa e é parcialmente portajada. Entre Oeiras e o Estoril, existe uma taxa de €1,35 cobrada à entrada ou à saída da autoestrada.

Traçado da A 5 no Google Maps e fotografias do Google StreetView

História editar

 
Autoestrada Lisboa–Estádio Nacional (atual A5), na década de 1940.

O que é hoje a autoestrada A5 foi planeada na década de 1930, já com a intenção de ligar Lisboa a Cascais. O seu troço inicial, ligando Lisboa – através do viaduto de Alcântara – ao Estádio Nacional, foi inaugurado em 1944, constituindo a primeira autoestrada portuguesa e uma das primeiras a nível mundial.

Pelo Plano Rodoviário Nacional de 1945, a Autoestrada Lisboa-Cascais passou a ser oficialmente designada Estrada Nacional n.º 7 (N7).

O antigo Circuito de Monsanto incluía um trecho desta autoestrada. Em 1959, disputou-se aí o 2.º Grande Prémio de Portugal de Fórmula 1.

Depois da conclusão do primeiro troço, teriam que passar quase três décadas até ao arranque do prolongamento da autoestrada. Em 1972, ano de nascimento da Brisa, o contrato de concessão encarregava a concessionária da construção do troço da N 7 até Cascais, tendo-se as obras iniciado no ano seguinte. No entanto, o 25 de Abril de 1974 trouxe uma nova orientação nas obras públicas e foi dada primazia à construção da A2 do Fogueteiro a Setúbal, tendo as obras ficado suspensas durante anos a fio, entre relatórios que não a consideraram prioritária. Só no final da década de 1980, o governo encabeçado por Aníbal Cavaco Silva decidiu dar luz verde à extensão da A5 até Cascais, tendo as obras ficado concluídas em 1991.

Pelo Plano Rodoviário Nacional de 1985 (PRN 1985), as autoestradas passaram a ter uma numeração própria. A autoestrada Lisboa-Cascais recebeu então a atual designação de Autoestrada n.º 5 (A5). O PRN 1985 também estabeleceu uma rede de itinerários complementares, que em alguns casos se sobrepunham a autoestradas. Nesse âmbito foi criado o Itinerário Complementar n.º 15 (IC15), coincidindo totalmente com a A5.

Desde então, a A5 sofreu sucessivos alargamentos, primeiro entre Lisboa e Carnaxide e depois (já entre 2003 e 2005) no troço entre Carnaxide e Alcabideche.

Devido à sua extensão reduzida, à data da sua extensão até Cascais, os nós de ligação situados no concelho de Cascais (entre Carcavelos e Cascais) só permitiam entrar para o sentido de Lisboa e sair do sentido de Cascais. Ou seja, quem entrava num dos nós situados no concelho de Cascais só podia sair entre Oeiras e Lisboa. Isto devia-se ao escasso trânsito que diariamente circulava dentro do concelho de Cascais. Porém, em 1995, foi aberta a ligação do nó de Carcavelos para o sentido de Cascais e, aquando da adjudicação da construção da autoestrada A16, em 2006, foi aberta a ligação do nó do Estoril e, com a conclusão da nova autoestrada, foi aberta a ligação do nó de Alcabideche, onde a mesma se inicia.

Em novembro de 2016 foi inaugurado o último troço da A5, com finalização numa rotunda a partir da qual saem duas ramificações: uma em direção a norte do concelho (via Aldeia do Juso) e outra para sul, que serve as localidades de Birre, Torre, Areia, Quinta da Marinha e Guincho.[4]

A esta rotunda foi atribuído o nome do Professor Delfim Santos, filósofo e pedagogo português, que habitualmente veraneava em Cascais e aí faleceu a 25 de setembro de 1966: «um dos mais prestigiados pedagogos portugueses, o seu nome coroa com absoluta justiça a conclusão da autoestrada».[1][ligação inativa]

Troço Situação km
Lisboa - Estádio Nacional Em serviço (1944)
8,0
Estádio Nacional - Cascais Em serviço (1991)
17,1

Tráfego editar

 
A5 em Miraflores, Oeiras, onde se cruza com a A36 (CRIL).

A  A 5  é, em média de troços, a mais congestionada autoestrada de Portugal, sendo o troço Lisboa - Estádio Nacional o mais congestionado de toda a rede viária nacional.

Nas denominadas horas de ponta (e mesmo em horários usualmente menos sobrecarregados), esta autoestrada está normalmente congestionada, devido à concentração populacional que se situa perto da mesma. A sua alternativa não portajada, a Avenida Marginal, também não costuma ser opção, uma vez que também aí os engarrafamentos são frequentes.

Troço TMD[5] (03/2009) TMD (09/2009) TMD (03/2010)
Estádio Nacional - Oeiras
128 530
130 465
126 881
Oeiras - Carcavelos
83 947
85 875
81 159
Carcavelos - Estoril
55 242
56 453
53 872
Estoril - Cascais
40 519
39 748
38 296

Perfil editar

Troço Perfil Extensão
Lisboa - Carnaxide   
5 km
Carnaxide - Alcabideche
 
17 km
Alcabideche - Cascais
 
3 km

Saídas editar

Número da Saída km Nome da Saída Estrada que liga
  0 Lisboa Viaduto Duarte Pacheco
  1 1 Praça de Espanha / Av. Ceuta
Almada / Setúbal / Algarve
 IP 7  Eixo Norte-Sul

A 2  Ponte 25 de Abril

  2 2 Monsanto
Ajuda
  3 3 Sintra / Amadora
Algés / Belém
N 117
  4 (sentido Lisboa) 3 Buraca / Miraflores
NORTE - aeroporto
 A 36 (CRIL) 
  5 5 Carnaxide
Linda-a-Velha
  6 8 Estádio Nacional
  6 8 Loures / A 1 
Algés / Caxias
 A 9 (CREL) 
  7 11 Oeiras / Paço d'Arcos
Porto Salvo / Cacém
N 249-3
  Praça de Portagem de Carcavelos (km 15)
  8 15 Carcavelos
Parede
São Domingos de Rana
N 6-7
N 249-4
  9 19 Estoril
Alcabideche
N 6-8
  10 22 Alcabideche
Sintra
Autódromo
 A 16 
  10 (sentido Cascais) 23 Cascais (centro) / Amoreira / Abuxada Av. Sintra
  11 (sentido Cascais) 23 Alvide / Cobre Terceira Circular de Cascais
  12 25 Malveira / Aldeia de Juso

Cascais / Birre

N 9-1
  25 Birre / Torre / Areia / Quinta da Marinha / Guincho

Aldeia de Juso

Rotunda Delfim Santos

Áreas de serviço editar

  •   Área de Serviço de Oeiras (km 10)  

Referências

  1. Rede Nacional de Autoestradas Concessionada (por estrada) (PDF) (Relatório). Instituto de Mobilidade e dos Transportes. 18 de Maio de 2017. Consultado em 27 de Junho de 2020 
  2. Relatório de Tráfego na Rede Nacional de Autoestradas – 4.º trimestre de 2017 (PDF) (Relatório). Instituto de Mobilidade e dos Transportes. Fevereiro de 2018. p. 6. Consultado em 18 de Maio de 2018 
  3. «Decreto-Lei n.º 247-C/2008». Diário da República — 1.ª série. 30 de dezembro de 2008. Consultado em 11 de janeiro de 2019 
  4. «Autarquia de Cascais inaugura hoje último troço da A5». SIC Notícias. 18 de novembro de 2016 
  5. Tráfego Médio Diário