Academia Científica do Rio de Janeiro

Extinta academia de ciências brasileira

Academia Científica do Rio de Janeiro foi uma associação criada em 1772, no Rio de Janeiro, apoiada pelo vice-rei Luís de Almeida Portugal, segundo Marquês do Lavradio, e sancionada pelo governo português.[1] Em 1779, o mesmo governo a fechou sob suspeição de subversão por seus membros. A Academia foi idealizada pelo vice-rei, visando o desenvolvimento de novas culturas para a América portuguesa, reunindo estudiosos, cientistas e pesquisadores das diversas áreas.[2] A criação da academia foi uma das primeiras tentativas de se prôpor uma difusão maior com uma associação. A academia era composta de 9 membros onde se dedicavam a história natural, química, farmácia, agricultura e medicina.[3]

Academia Científica do Rio de Janeiro
Fundação 1772
Estado legal Rio de Janeiro
Fundador(a) Marquês do Lavradio

A Academia Científica do Rio de Janeiro como escola na qual ensinavam aos homens de ciências,[4] era um lugar de ensino e aprendizagem, representava de modo que no ambiente observava a natureza, realizava experimentos, discutia inovações e reflexões políticas, sociais e econômicas, o que proporcionava a construção teórico-prática aos seus participantes. Exercia tanto quanto associação relacionada ao vice-reinado, ultrapassava a função de subsidiar o Reino em conteúdos pertinentes para o aproveitamento econômico da colônia, o que desempenhava também aplicações de cunho educativo ao propiciar a comunicação de uma cultura científica por meio de aprendizado das ciências da natureza, demonstrando o início da educação superior nas terras brasileiras.[5]

O final do século XVIII foi de efervescência para o surgimento de diversas organizações, ora adotando ideologias semelhantes à maçonaria;[6] ora com ideologias opostas. Havia as que, orientadas em sentido diverso, se desenvolveram indiferentes à maçonaria – como a do tipo "Jardineira" de cunho filantrópico;[7] e, ainda, as sociedades fundadas com a sanção do governo português, portanto com aparência legal, como é o caso da Academia Científica do Rio de Janeiro – fechada em 1779 depois de esvaziada. Reorganizada com o nome de "Sociedade Literária", para ser suspensa, mais tarde em 1794, por razões políticas, tendo seus membros aprisionados por acusação de conspiração a independência da colônia.[3][8]

Ver também editar

Referências

  1. Marques, Vera. www.redalyc.org/articulo.oa?id=155016226004. [S.l.: s.n.] 
  2. «Ministério da Justiça – Arquivo Nacional – "MARQUÊS DO LAVRADIO – Um sistema de governo para a América portuguesa"». Consultado em 12 de abril de 2015. Arquivado do original em 24 de setembro de 2015 
  3. a b «Brasiliana ::: Antes de 1800 ::: Academia Científica do Rio de Janeiro». www.fiocruz.br. Consultado em 28 de abril de 2017 
  4. «Pesquisa mostra que a ciência brasileira é dominada por homens». O Globo. 29 de abril de 2014 
  5. «Brasiliana ::: Antes de 1800 ::: Academia Científica do Rio de Janeiro». www.fiocruz.br. Consultado em 30 de maio de 2023 
  6. Ferraz de Camargo, Waldir (21 de abril de 2017). «Tiradentes e a Maçonaria: segredos nas tramas da história» 
  7. Holanda, Sérgio Buarque de (1970). História Geral da Civilização Brasileira. São Paulo: Difusão Europeia do Livro. pp. Tomo II. O Brasil Monárquico, pgs 191–192 
  8. «Biblioteca Brasiliana – Museu da Vida –». Consultado em 12 de abril de 2015. Arquivado do original em 2 de abril de 2015  FIOCRUZ "Academia Científica do Rio de Janeiro"

Ligações externas editar

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