Albsuinda

política

Albsuinda foi a única filha de Alboíno, rei dos lombardos na Panônia e depois na Itália (r. 560–572) e de sua primeira esposa Clodosvinda, filha do rei merovíngio franco Clotário I (r. 511–561).[1] Ainda jovem, Albsuinda tinha perdido sua mãe pouco antes da batalha em 567 na qual os gépidas foram completamente destruídos. Após o evento seu pai casou-se novamente, tomando como segunda esposa Rosamunda, filha de rei gépida Cunimundo que Alboíno tinha matado pessoalmente em batalha.[2]

Albsuinda
Casa Dinastia gáusia
Pai Alboíno
Mãe Clodosvinda
O Assassinato de Alboíno, Rei dos Lombardos por Charles Landseer (1856)

Em 568, Alboíno deixou a Panônia com seu povo para invadir a península Itálica, então parte do Império Bizantino, tendo conquistado a maior parte do territória até 572. Nesse ano, a madrasta de Albsuinda foi convencida a matar Alboíno em Verona.[3] De acordo com Paulo, o Diácono, em seguida ao assassinato, foi levada ainda criança para Ravena, cidade ainda sob controle bizantino, pela sua madrasta e pelo usurpador Helmiques. Foi levada porque como única descendente de Alboíno tinha considerável valor político, uma vez que poderia tornar-se a ligação para transmitir os direitos dinásticos a um eventual marido.[4][5][6] Outra razão para sua presença com os fugitivos era que também serviria como garantia da lealdade da guarnição lombarda de Verona que tinha seguido Helmiques até Ravena.[7]

Logo após terem chegado a Ravena, Rosamunda e Helmiques mataram um ao outro.[8] Depois disso, o mais alto oficial bizantino na Itália, prefeito pretoriano Longino enviou-a a Constantinopla, a capital imperial.[4][9][10] Lá provavelmente a diplomacia bizantina pensou em usá-la como ferramenta política para impor aos lombardos um rei pró-bizantino, mas nada mais foi registrado sobre ela nas fontes.[5][6]

Referências

  1. Martindale 1992, p. 297.
  2. Bognetti 1968, p. 28.
  3. Martindale 1992, p. 38-40.
  4. a b Martindale 1992, p. 40.
  5. a b Perelli 1995, p. 38.
  6. a b Bognetti 1968, p. 28-29.
  7. Bognetti 1966, p. 74.
  8. Martindale 1992, p. 1095-1096.
  9. Jarnut 1995, p. 32.
  10. Christie 1998, p. 82.

Bibliografia editar

  • Bognetti, Gian Piero (1966). «S. Maria Foris Portas di Castelseprio e la Storia Religiosa dei Longobardi». L'etā Longobarda - II. Milão: Giuffrè. p. 11–511 
  • Bognetti, Gian Piero (1968). «I rapporti etico-politici fra Oriente e Occidente dalsecolo V al secolo VIII». L'età longobarda - IV. Milão: Giuffrè. p. 3 – 65 
  • Martindale, John R.; Jones, Arnold Hugh Martin; Morris, John (1992). The Prosopography of the Later Roman Empire - Volume III, AD 527–641. Cambridge e Nova Iorque: Cambridge University Press. ISBN 0-521-20160-8 
  • Perelli, Liliana Martinelli (1995). «Albsinda o Albsuinda». In: Rachele Farina. Dizionario biografico delle donne lombarde: 568 – 1968. Milão: Baldini e Castoldi