Alcetas (irmão de Pérdicas)

 Nota: Para outros significados de Alcetas, veja Alcetas.

Alcetas foi um irmão de Pérdicas. Seu irmão era um general de Alexandre, o Grande e tornou-se regente do império após a morte do rei, mas acabou sendo assassinato.[1] Alcetas e os demais aliados de Pérdicas foram proscritos e perseguidos.

Alcetas
Alcetas (irmão de Pérdicas)
Релеф от вероятния гроб на Алкет в Термесос
Nascimento século IV a.C.
Morte 319 a.C.
Termesso
Cidadania Macedónia Antiga
Irmão(ã)(s) Pérdicas
Ocupação oficial, militar
Causa da morte exsanguinação

Família editar

Pérdicas, cujo pai se chamava Orontes,[2] tinha um irmão, Alcetas,[3][4] e uma irmã, Atalanta, casada com Átalo.[4]

Regência de Pérdicas editar

Após a morte de Alexandre, quando Pérdicas era o regente do império de Alexandre[carece de fontes?] e planejava se casar com Niceia, filha de Antípatro, ou com Cleópatra, filha de Olímpia,[3] Cinane trouxe sua filha Adeia, mais tarde chamada Eurídice, para que ela se casasse com Filipe Arrideu,[5] mas Pérdicas e seu irmão Alcetas assassinaram Cinane, poucos dias após o casamento de Pérdicas com Niceia.[3]

Houve tanta indignação na Macedônia pela morte de Cinane que o casamento acabou sendo feito, inclusive com a influência de Pérdicas.[5] O assassinato de Cinane serviu para que Antígono Monoftalmo, refugiado na Macedônia, junto de Antípatro e Crátero, se revoltassem contra Pérdicas.[5]

Quando Crátero e Antípatro, após haverem derrotado a rebelião dos gregos,[Nota 1] se dirigiram à Ásia para lutar contra Pérdicas, este indicou Eumenes comandante das forças da Capadócia e Armênia,[6] e mandou que Alcetas e Neoptólemo obedecessem a Eumenes.[7] Alcetas se recusou a combater, com o argumento de que os macedônios da tropa poderiam passar para o lado de Crátero e Antípatro, mas Neoptólemo planejou traição, mas foi detectado, e preparou-se para a batalha.[7] A infantaria de Eumenes foi derrotada, mas sua cavalaria venceu e pôs as tropas de Neoptólemo em fuga, e ele capturou e exigiu a rendição das tropas.[8]

Rebelde editar

Após a morte de Pérdicas e a chegada de notícias sobre a vitória de Eumenes da Cárdia sobre Crátero e Neoptólemo,[9] os macedônios sentenciaram à morte Eumenes e todos os partidários de Pérdicas, inclusive Alcetas.[4] Vários amigos de Pérdicas foram assassinados, inclusive sua irmã Atalanta.[4]

Quando Átalo soube da morte de Pérdicas e de Atalanta, ele levou a frota, que estava em Pelúsio, para Tiro.[10] Arquelau, um macedônio que comandava a guarnição da cidade, a entregou para Átalo, junto com 800 talentos que Pérdicas havia entregue em confiança a Arquelau.[10] Átalo fez de Tiro um refúgio para os amigos de Pérdicas que conseguiram escapar de Mênfis.[10]

Enquanto Eumenes da Cardia negociava com Antígono Monoftalmo uma cessação de hostilidades,[11] Antígono, que também estava planejando se livrar dos reis e de Antípatro, regente do império,[Nota 2][12] consultou Antípatro, que resolveu atacar Alcetas e Átalo.[11]

Derrota e captura editar

No ano seguinte, quando Apolodoro era arconte de Atenas e Quinto Popílio e Quinto Póplio eram cônsules romanos,[Nota 3] Antígono, após haver derrotado Eumenes, resolveu derrotar Alcetas e Átalo, os últimos amigos de Pérdicas que ainda tinham recursos e soldados para tentar tomar o poder.[13]

Antígono atacou o exército de Alcetas, que estava na Pisídia,[13] e o derrotou; Átalo, Dócimo e Polemão foram feitos prisioneiros, mas Alcetas escapou.[14] Alcetas se refugiou em Termesso[14] e foi traído pelos anciãos da cidade, que o assassinaram.[15]

Notas e referências

Notas

  1. Esta revolta foi a Guerra Lamiaca; Leóstenes e Antífilo eram os comandantes gregos
  2. Antípatro foi regente do império de Alexandre após a morte de Pérdicas, tendo havido entre os dois um breve período em que Pitão e Arrideu foram os regentes. Os reis eram Alexandre IV, filho criança de Alexandre e Roxana, e Filipe Arrideu, meio-irmão de Alexandre, considerado incapaz.
  3. 320 a.C.. Segundo C. H. Oldfather, tradutor de Diodoro Sículo para o inglês, o texto de Diodoro foi corrompido. Os cônsules deste ano, segundo Tito Lívio, foram Quinto Publílio Filão, pela quinta vez, e Lúcio Papírio Cursor, pela segunda.

Referências

  1. O texto relativo a Pérdicas é um resumo do artigo do mesmo.
  2. Arriano, Eventos após Alexandre, 2, citado em epítome por Fócio, Biblioteca de Fócio [em linha]
  3. a b c Arriano, Eventos após Alexandre, 20-21, citado em epítome por Fócio, Biblioteca de Fócio
  4. a b c d Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XVIII, 37.2 [ael/fr][en]
  5. a b c Arriano, Eventos após Alexandre, 22
  6. Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Eumenes, 5.1
  7. a b Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Eumenes, 5.2
  8. Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Eumenes, 5.3
  9. Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XVIII, 37.1 [ael/fr][en]
  10. a b c Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XVIII, 37.3 [ael/fr][en]
  11. a b Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XVIII, 41.7 [ael/fr][en]
  12. Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XVIII, 41.5 [ael/fr][en]
  13. a b Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XVIII, 44.1 [ael/fr][en]
  14. a b Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XVIII, 45.3 [ael/fr][en]
  15. Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XVIII, 46.7 [ael/fr][en]