Aleixo Ducas Filantropeno

 Nota: Para o neto homônimo, veja Aleixo Filantropeno.

Aleixo Ducas Filantropeno (em grego: Ἀλέξιος Δούκας Φιλανθρωπηνός; romaniz.:Alexios Doukas Philanthropenos; falecido c.1275) foi um nome e distinto almirante, com a patente de protoestrator e depois mega-duque, durante o reinado de Miguel VIII Paleólogo (r. 1259–1282). Aleixo teve uma filha, Maria, que casou-se com o protovestiário Miguel Tarcaniota. O segundo filho deles foi o pincerna Aleixo Filantropeno, um proeminente general que ganhou várias batalhas contra os turcos, e que liderou uma rebelião fracassada contra Andrônico II Paleólogo (r. 1282–1328) em 1295.[1][2][3]

Aleixo Ducas Filantropeno
Morte c.1275
Nacionalidade Império Bizantino
Filho(a)(s) Maria Filantropena
Ocupação Protoestrator e mega-duque
Principais trabalhos
Religião ortodoxia oriental
Iluminura de Teodoro II Láscaris (r. 1254–1258)

Biografia editar

Aleixo é o primeiro membro importante da família Filantropeno mencionada nas fontes. Ele primeiro apareceu na história de Jorge Acropolita no outono de 1255 como um comandante militar na região de Ácrida - talvez como governador (duque) do tema local - durante as guerras de Teodoro II Láscaris (r. 1254–1258) contra os búlgaros.[1][2]

Durante a década de 1260, Filantropeno conteve o título de protoestrator. Teoricamente, ele foi subordinado do mega-duque Miguel Láscaris, mas o último estava velho e enfermo, e Filantropeno exerceu o comando de facto da marinha bizantina.[4] Em 1262 ou 1263, logo após a recaptura de Constantinopla dos latinos, o imperador Miguel VIII Paleólogo enviou-o para invadir as possessões latinas no mar Egeu. Esta foi a primeira expedição realizada pela recentemente expandida e reorganizada marinha paleóloga, e os navios de Filantropeno foram tripulados pelos novos corpos de gasmulos (gasmouloi) e prosalentas (prosalentai). Os bizantinos invadiram e saquearam as ilhas de Paros, Naxos e Cós, bem como as cidades de Caristo e Oreos no Negroponte (Eubeia), antes da partida para o sul para apoiar as operações de uma força expedicionária que desembarcou em Monemvasia contra o Principado da Acaia.[5][6]

Em 1270 ele foi possivelmente o general que comandou o exército que desembarcou em Monemvasia, e nos anos seguintes operou na Moreia contra os aqueus. Ambos os lados neste conflito evitaram um conflito direto potencialmente desastroso, deste modo investiram em ataques a fim de saquear e devastar o território do adversário.[7][8] Durante a década de 1270, Filantropeno levou sua frota várias vezes contra os latinos, apoiando Licário, um vassalo imperial, e Negroponte, e participando da grande vitória naval bizantina na batalha de Demétrias, durante qual ele foi gravemente ferido. Por seu sucesso, ele foi elevado à categoria de mega-duque, agora vago após a morte de Miguel Láscaris.[4][9] Filantropeno morreu cerca de 1275 e foi sucedido como mega-duque por Licário.[1][2][10]

Referências

  1. a b c Kazhdan 1991, p. 1649.
  2. a b c Polemis 1968, p. 168.
  3. Macrides 2007, p. 292; 295.
  4. a b Guilland 1967, p. 484, 548–549.
  5. Bartusis 1997, p. 49.
  6. Geanakoplos 1959, p. 158.
  7. Bartusis 1997, p. 58.
  8. Geanakoplos 1959, p. 229-230.
  9. Geanakoplos 1959, p. 235–236, 282–284, 295.
  10. Geanakoplos 1959, p. 297.

Bibliografia editar

  • Bartusis, Mark C. (1997). The Late Byzantine Army: Arms and Society 1204–1453. Filadélfia: Pennsylvania University Press. ISBN 0-8122-1620-2 
  • Geanakoplos, Deno John (1959). Emperor Michael Palaeologus and the West, 1258–1282: A Study in Byzantine-Latin Relations. Cambridge: Harvard University Press 
  • Guilland, Rodolphe (1967). Recherches sur les Institutions Byzantines. Berlim: Akademie-Verlag 
  • Kazhdan, Alexander Petrovich (1991). The Oxford Dictionary of Byzantium. Nova Iorque e Oxford: Oxford University Press. ISBN 0-19-504652-8 
  • Macrides, Ruth (2007). George Akropolites: The History – Introduction, Translation and Commentary. Oxford: Oxford University Press. ISBN 978-0-19-921067-1 
  • Polemis, Demetrios I. (1968). The Doukai: A Contribution to Byzantine Prosopography. Londres: The Athlone Press. ISBN 0-19-504652-8