Ana Luísa Föhse (em alemão: Anna Louise; Dessau, 22 de março de 16775 de fevereiro de 1745) [1] foi princesa imperial do Sacro Império Romano-Germânico. Ela foi a esposa morganática do príncipe Leopoldo I de Anhalt-Dessau.

Ana Luísa
Ana Luísa Föhse
Ana Luísa em 1725 por Antoine Pesne.
Princesa Imperial do Sacro Império Romano-Germânico
Reinado 29 de dezembro de 17015 de fevereiro de 1745
Princesa Consorte de Anhalt-Dessau
Reinado 8 de setembro de 16985 de fevereiro de 1745
Predecessor(a) Henriqueta Catarina de Orange-Nassau
Sucessor(a) Gisela Inês de Anhalt-Köthen
 
Nascimento 22 de março de 1677
  Dessau, Principado de Anhalt-Dessávia, Sacro Império Romano-Germânico (atual Saxônia-Anhalt, Alemanha)
Morte 5 de fevereiro de 1745 (67 anos)
Cônjuge Leopoldo I de Anhalt-Dessau
Descendência Guilherme Gustavo
Leopoldo II de Anhalt-Dessau
Dietrich de Anhalt-Dessau
Frederico Henrique Eugênio
Henriqueta Maria Luísa
Luís, Princesa de Anhalt-Bernburgo
Maurício
Ana Guilhermina
Leopoldina Maria, Marquesa de Brandemburgo-Schwedt
Henriqueta Amália
Casa Ascânia (por casamento)
Pai Rudolf Föhse
Mãe Agnes Ohme

Família editar

 
Pintura de Amália Leonor Bernardina, de autoria de Antoine Pesne ou de Christoph Friedrich Reinhold Lisiewski.

Ana era filha do boticário da corte, Rudolf Föhse, e Agnes Ohme.[1]

Teve uma irmã, a baronesa Amália Leonor Bernardina.

Biografia editar

Namorada de infância de Leopoldo, filho de João Jorge II de Anhalt-Dessau e de Henriqueta Catarina de Orange-Nassau, o príncipe sofreu grande resistência por parte de seus pais para se casar com Ana Luísa. Apesar disso, eles se casaram em 8 de setembro de 1698.

Após o pagamento da soma de 92.000 táler aos cofres imperiais, Ana Luísa foi nomeada Princesa Imperial (Reichsfürstin) por Leopoldo I do Sacro Império Romano-Germânico, três anos depois, em 29 de dezembro de 1701, lhe conferindo, assim, um título superior ao do seu marido.[1] Ademais, o imperador também declarou a legitimidade dos filhos nascidos do casal como príncipes e princesas, para impedir a extinção da casa principesca.[2] No mesmo ano, Leopoldo assumiu o governo.[1]

Mais tarde, a princesa veio a se dar muito bem com a família real.[1]

 
Ana Luísa e Leopoldo

Ana Luísa e Leopoldo tiveram um casamento longo e feliz, e a princesa adquiriu uma influência sobre o esposo que exercia pelo bem dos súditos. Ela atuou como regente quando seu marido estava em campanha: nos anos seguintes ele só ficaria em Dessau de tempos em tempos. Ela também o acompanhava, com frequência, nas campanhas.

Sua carreira virou assunto da imprensa, e muitas peças de teatro foram escritas sobre ela.[1]

Ana Luísa faleceu em 5 de fevereiro de 1745, aos 67 anos de idade.

 
Brasão de armas da princesa.

Descendência editar

  • Guilherme Gustavo (20 de junho de 1699 — 16 de dezembro de 1737), herdeiro do pai. Foi casado com Joana Sofia Herre, oriunda de uma família de mercadores e boticários, com quem teve nove filhos;
  • Leopoldo II (25 de dezembro de 1700 — 16 de dezembro de 1751), sucessor do pai. Foi casado com Gisela Inês de Anhalt-Köthen, com quem teve sete filhos;
  • Dietrich de Anhalt-Dessau (2 de agosto de 1702 — 2 de dezembro de 1769), foi regente do Principado, e General-marechal de campo. Não se casou e nem teve filhos;
  • Frederico Henrique Eugênio (27 de dezembro de 1705 — 2 de março de 1781), fez parte do Exército Prussiano de 1717 a 1743, quando se juntou ao exército austríaco, sob o comando do príncipe Carlos Alexandre de Lorena. Em 1746, se juntou ao Eleitorado da Saxônia, onde se tornou Governador de Vitemberga, e General marechal de campo. Não se casou e não deixou descendência;
  • Henriqueta Maria Luísa (1707 — 1707);
  • Luísa (21 de agosto de 1709 — 29 de julho de 1732), foi a primeira esposa de Vítor Luís de Anhalt-Bernburgo, com quem teve uma filha, Sofia Luísa, condessa de Solms-Baruth;
  • Maurício (31 de outubro de 1712 — 11 de abril de 1760), foi soldado e General-marechal de campo. Não teve esposa e nem filhos;
  • Ana Guilhermina (13 de junho de 1715 — 2 de abril de 1780), filha favorita de Leopoldo, ganhou do pai a Mansão de Mosingkau, que veio a se tornar o Castelo de Mosigkau, com as renovações da princesa. Quando Maurício sofreu um ferimento fatal, ele permitiu que a irmã administrasse a sua casa e posses. Ana Guilhermina também estabeleceu o Convento para Senhoras Nobres no Castelo de Mosigkau. Nunca se casou e nem teve filhos;
  • Leopoldina Maria (12 de dezembro de 1716 — 27 de janeiro de 1782), foi casada com o marquês Frederico Henrique de Brandemburgo-Schwedt, com quem teve dois filhos;
  • Henriqueta Amália (7 de dezembro de 1720 — 5 de dezembro de 1793), teve um filho ilegítimo, aos 21 anos, porém não quis se casar com o pai da criança, e portanto, foi banida da corte em Dessau. Viveu abertamente com o amante, o Barão de Rackmann, que se tornou conde imperial e barão de Bangert graças à ela. A princesa grenciava as próprias propriedades, e usava a sua enorme riqueza para apoiar diversos artistas. Quando tropas francesas de aproximaram de Frankfurt, em 1792, ela fugiu para Nassau.
 
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Referências

  1. a b c d e f «Reichsfürstin Anna Luise Föhse». axel-hausmann.de 
  2. Baring-Gould, Sabine (1879). Germany, Present and Past Volum 1 (em inglês). [S.l.]: C. K. Paul & Company. p. 15. Consultado em 7 de Junho de 2023