Andy Kaufman

cantor, dançarino e ator performático estadunidense

Andrew Geoffrey Kaufman (Nova Iorque, 17 de janeiro de 1949Los Angeles, 16 de maio de 1984) foi um cantor, dançarino e ator performático estadunidense. Embora seja chamado de "comediante", Kaufman preferia se descrever como um "homem de música e dança". Foi chamado por muitos como um "anti-comediante".[1] Ele desprezava contar piadas e se envolver em comédia como era tradicionalmente entendido, uma vez dizendo em uma entrevista: "Eu não sou um comediante, nunca contei uma piada. A promessa do comediante é que ele irá lá e fará você rir com ele. Minha única promessa é que tentarei entretê-lo da melhor maneira possível."[2]

Andy Kaufman
Andy Kaufman
Nome completo Andrew Geoffrey Kaufman
Nascimento 17 de janeiro de 1949
Nova Iorque,  Estados Unidos
Morte 16 de maio de 1984 (35 anos)
Los Angeles,  Estados Unidos
Ocupação Comediante, cantor e Dançarino
Página oficial

Vida pregressa editar

Kaufman nasceu em 17 de janeiro de 1949, na cidade de Nova Iorque, era o mais velho de três filhos. Ele cresceu com seus irmãos mais novos Michael e Carol em uma família Judia de classe-média na cidade de Great Neck, Long Island. Sua mãe, Janice Bernstein (nome de batismo) era uma dona de casa e ex-modelo; seu pai, Stanley Kaufman, um comerciante de jóias.[3] Kaufman começou a se apresentar em festas infantis aos 9 anos, tocando discos e mostrando desenhos.[4] Kaufman passou grande parte de sua juventude escrevendo poemas e histórias, incluindo um romance não publicado, The Hollering Magoo, que ele completou aos 16 anos.[5] Após a visita do musicista nigeriano Babatunde Olatunji em sua escola, Kaufman começou a tocar os congas.[6]

Após se formar no ensino médio, em 1967, Kaufman tirou um ano de folga antes de entrar no Grahm Junior College,[7] em Boston, onde estudou televisão e produção e estreou seu próprio show de televisão universitário, Uncle Andy´s Fun House. Em Agosto de 1969, ele foi de carona até Las Vegas para conhecer Elvis Presley. Em seguida, começou a performar em cafeterias, desenvolvendo seus atos e escrevendo sua peça de um ator, Gosh (posteriormente renomeada God e publicada em 2000).[8] Depois de se formar na faculdade em 1971, começou a apresentar comédia de stand-up em diversos clubes pequenos da Costa Oeste estadunidense.

Carreira editar

Sua vida profissional foi atribulada. Contratado pela American Broadcasting Company (ABC) para estrelar o seriado Taxi, interpretando o estrangeiro Latka Gravas, o humorista quebrou todas as estruturas da comédia convencional, apresentando números vanguardistas no teatro e em eventos públicos diversos. Conquistou o sucesso absoluto ao interpretar Elvis Presley e zombar de outras personalidades. Nesse universo, interpretava personagens que escondiam a sua verdadeira identidade, como o cantor Tony Clifton. Seus números irreverentes e criativos o tornaram célebre nos Estados Unidos na década de 1970 e década de 1980. Kaufman fez sucesso no programa Saturday Night Live e ganhou a admiração de críticos e artistas diversos com suas performances. Mas Kaufman não se considerava humorista e começou a realizar piadas herméticas para se relacionar com o público. Muitas vezes, irritava seus espectadores com pegadinhas, além de inventar falsas histórias para a imprensa americana. Kaufman queria ser o melhor artista do mundo e, após ser demitido da ABC, passou a fazer shows em ringues de luta livre, onde desafiava mulheres. Muitos o consideraram louco nessa fase, mas muito além da realidade, estava interpretando seus personagens realísticos. Kaufman chegou a ler durante horas um romance de F. Scott Fitzgerald para uma plateia entediada que pagara para assisti-lo em um show de humor. Essa concepção de humor o levou ao ostracismo.

Morte editar

Em 1984 Kaufman anunciou que sofria de uma espécie rara de câncer no pulmão. A imprensa e tampouco amigos e parentes do artista acreditaram na doença que o mataria pouco tempo depois. Kaufman havia falado frequentemente de fingir sua própria morte como um grande engano. Rumores persistentes, alimentados por aparições esporádicas do famoso personagem de Kaufman, o cantor Tony Clifton, em clubes de comédia após a morte do comediante criaram uma grande dúvida sobre a veracidade da sua morte.[9]

Um ano após a morte de Kaufman, Tony Clifton realizou uma performance no "The Comedy Store" em homenagem a Kaufman, membros de sua comitiva compareceram ao evento, e durante a década de 1990 a personagem fez várias aparições nas casas noturnas de Los Angeles. Jim Carrey, que retratou Kaufman em Man on the Moon, declarou na "NBC Special Comedy Salute to Andy Kaufman" que a pessoa que faz Tony Clifton é o comediante Bob Zmuda. O site oficial de Kaufman afirma que sua morte não era uma fraude.

Em 2013, respondendo a rumores após a aparição de uma atriz que afirmou ser a filha de Kaufman e que o comediante ainda estava vivo, o escritório do Coroner do condado de Los Angeles reeditou o certificado de óbito de Andy Kaufman para confirmar que Kaufman havia realmente falecido e ainda estava enterrado no cemitério Beth David.

Em 2014, Zmuda e Lynne Margulies, namorada de Kaufman no momento da sua morte, co-autor do livro "Andy Kaufman: The Truth", Finalmente, afirmou que a morte de Kaufman era realmente uma "brincadeira", que Kaufman permaneceu vivo e logo se revelaria pois seu limite superior na "brincadeira" era de 30 anos. Kaufman não reapareceu. Michael Kaufman revelou que tinha encontrado no arquivo do irmão um plano para fingir a sua morte. Uma alegada filha, de 24 anos subiu ao palco na cerimônia da entrega dos prêmios, para explicar que Andy Kaufman é "um ótimo pai que fica em casa, cozinha e toma conta do lar", segundo disse a jovem, que não foi identificada. O site de entretenimento "The Smoking Gun" revelou que a alegada filha não passa de uma atriz nova-iorquina, chamada Alexandra Tatarsky, e que não tem qualquer relação familiar com o comediante.[10]

Homenagens editar

Andy Kaufman foi homenageado com o filme O Mundo de Andy, estrelado por Jim Carrey e dirigido por Milos Forman.

Em 2017 a Netflix lançou o documentário Jim & Andy: The Great Beyond, sobre os bastidores das filmagens de O Mundo de Andy, mostrando a transformação de Jim Carrey e as loucuras ocorridas nos bastidores do longa.

Referências

  1. Givens, Ron (December 23, 1999). "Andy Kaufman recalled as bizarre, gifted". New York Daily News; Reading Eagle.
  2. Brennan, Sandra (2008). "Full Biography". Movies & TV Dept. The New York Times. Archived from the original on June 10, 2008.
  3. Zehme. pp.6–10
  4. ""The Real Man on the Moon Talks" by Kaufman's father". Andykaufman.jvlnet.com. Archived from the original on January 11, 2010.
  5. Zehme. pp. 67–68
  6. Zehme. pp. 38–39.
  7. «Grahm Junior College Alumni». grahmjuniorcollege.com. Consultado em 28 de setembro de 2022 
  8. «Park City Daily News - Pesquisa no arquivo do Google Notícias». news.google.com. Consultado em 28 de setembro de 2022 
  9. CNN, By Wayne Drash. «Andy Kaufman's brother says he is victim of hoax». CNN. Consultado em 17 de janeiro de 2021 
  10. «Comediante Andy Kaufman pode ter fingido a própria morte» 

Ligações externas editar

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