Antígono de Caristo

escritor da Antiga Grécia
Antígono de Caristo
Biografia
Nascimento
Período de atividade
século IV a.C.
Atividades
'Magnum opus'
Mirabilia (d)

Antígono de Caristo (em grego clássico: Ἀντίγονος ὁ Καρύστιος; em latim: Antigonus Carystius) foi um naturalista e polígrafo grego que viveu no século III a.C.

Biografia editar

Após passar algum tempo em Atenas e de realizar muitas viagens, Antígono foi chamado à corte de Átalo I (r. 241–197) em Pérgamo. Sua obra principal é as Vidas dos filósofos, escrita a partir de suas próprias experiências, e da qual se conservam grandes fragmentos nos trabalhos de Ateneu e Diógenes Laércio.[1]

Também se conserva ainda sua Coleção de histórias maravilhosas, extraídas principalmente da Θαυμασια Ακουσματα, atribuída a Aristóteles, e a Θαυμασια de Calímaco. É duvidoso que se trate do escultor de mesmo nome que, segundo Plínio (História Natural, xxxiv. 19), escreveu livros sobre sua arte.[1]

Diversos estudos realizados pelos filólogos Reinhold Köpke, Wilamowitz, Erwin Rohde, Olympius Musso, Credaro e Nebert tentaram reconstruir Antígono de Caristo. Suas conclusões são variadas e têm sido frequentemente questionadas[2]. Vários escritos são atribuídos a ele:

Dorandi retoma a construção de Wilamowitz que indica que houve dois Antígonos de Caristo, homônimos da mesma etnia. Um viveu sob Átalo I, na corte de Pérgamo, foi biógrafo de filósofos, escultor e historiador da arte. O outro é um século mais velho e era poeta. É impossível saber se ele é o autor da História da Itália e da Periegese da Macedônia, mas as Curiosidades da Natureza estão excluídas.[16]

Notas editar

  1. Ateneu de Náucratis, Banquete dos Eruditos (III, 82ab). Ateneu assume o lugar de Pânfilo. O Antipater do título não pode ser identificado, seja ele um correspondente, o destinatário ou uma pessoa histórica.
  2. Este epigrama conta a história de uma rã que caiu numa cratera onde havia água e vinho preparado. Sendo simbólico, anti-Calímaco, o poeta é considerado sóbrio, bebe apenas água e nunca terá inspiração. A tradição manuscrita da antologia é duvidosa porque o nome foi riscado e corrigido com uma interpolação incorreta, Epígono da Tessália. É provável que o autor seja um Antígono, mas não se conhece a etnia.
  3. Sua existência é atestada na fábula 23 de Antonino Liberal e em um comentário de Lucano.
  4. Filósofo da comitiva de Antígono II Gônatas, discípulo de Menedemo e potencialmente historiador segundo as alusões de Pseudo-Luciano e Pseudo-Plutarco (Dicionário de Antigos Filósofos: II. Babelyca de Argos a Dyscolius p. 531, nota 225).

Referências

  1. a b Chisholm 1911, pp. 125–126.
  2. Antigone de Caryste & Dorandi 1999, pp. 11-14.
  3. Antigone de Caryste & Dorandi 1999, p. 17.
  4. Antigone de Caryste & Dorandi 1999, pp. 21-23.
  5. Antigone de Caryste & Dorandi 1999, pp. 25-30.
  6. Antigone de Caryste & Dorandi 1999, pp. 33, 46.
  7. Antigone de Caryste & Dorandi 1999, pp. 36-37.
  8. Antigone de Caryste & Dorandi 1999, p. 24.
  9. Antigone de Caryste & Dorandi 1999, pp. 48-55.
  10. Antigone de Caryste & Dorandi 1999, p. 80-81.
  11. Antigone de Caryste & Dorandi 1999, pp. 23-24.
  12. Antigone de Caryste & Dorandi 1999, pp. 24-26.
  13. Antigone de Caryste & Dorandi 1999, pp. 14-16.
  14. Caryste, Antigone de. «Curiosités de la nature» (em francês). Consultado em 2 de junho de 2023 
  15. Dimitra Eleftheriou (2018). «collection d'histoires curieuses». Pseudo-Antigonos de Carystos (em francês). [S.l.: s.n.] 
  16. Antigone de Caryste & Dorandi 1999, pp. 16-17, 121.

Bibliografia editar