António Jorge (Vila Nova de Portimão, 22 de Dezembro de 1904 - Portimão, 10 de Junho de 1988) foi um ator português.

António Jorge
Nascimento 22 de dezembro de 1904
Portimão
Morte 10 de junho de 1988
Cidadania Portugal
Ocupação ator, carpinteiro

Biografia editar

Mestre António Jorge foi carpinteiro de profissão, que exercia com esmero, usufruindo o suficiente para viver, mas vivendo para o teatro. De menino revelou grandes dotes histriónicos e de dicção.Com os seus 8 irmãos e dois cunhados, conhecidos por «ministros», improvisou, em casa dos pais, um palco onde o grupo estreou. O elenco familiar teria sido, assim, o primeiro grupo de teatro amador de Portimão. O entusiasmo foi tão grande que conseguiram transmiti-lo ao pai de António que, conquistado, mandou deitar abaixo uma parede da casa onde habitava, na Rua Infante D.Henrique, para que «a rapaziada» tivesse espaço para ensaiar e dar espectáculos. Para António Jorge foi o tempo inicial de uma carreira de actor amador tão brilhante e duradoura que o seu eco se prolonga para além da vida do comediante. Generoso e afável, esteve sempre disponível para integrar gratuitamente qualquer projecto cultural ligado à arte de representar.

A última actuação de António Jorge foi em Lisboa, no teatro Maria Matos. Após ter feito, com grandes aplausos, a rábula O Periquito, foi acometido de doença súbita em pleno palco. O espectáculo seria apresentado na televisão RTP1 mas o mestre ficou muito doente e não voltaria a representar.

A Câmara Municipal de Portimão, reconhecendo o grande contributo do Mestre na área do teatro local, atribuiu-lhe, em 1977, a Medalha da Cidade.

Em 2004 a Câmara Municipal de Portimão atribuiu a António Jorge uma rua em seu nome "Rua António Jorge" em Portimão.

Para o actor Portimonense, uma vida dedicada ao teatro amador, foi grande alegria a concessão do Diploma da Federação Portuguesa de Actividades e Recreio.

Peças e Revistas editar

Ao longo de quase sessenta anos de actividade amadora no teatro, Mestre António Jorge representou dezenas de peças e entrou em numerosas revistas:

-O Periquito

-O Rei Imaginário

-Fitas Faladas

-Sendo Assim Está Certo

-Isto Só Visto

-Se Eu Adivinhasse

-Um Marido Sem Mulher

-Prémio Nobel

-Fogo de Vista

-Espectáculo Vicentino

-Auto da Barca do Inferno

-Auto da Barca do Purgatório

-Todo o Mundo e Ninguém

-Os Campinos

-Querias Mas Não Apanhas

-Está la?

-Já Está Tudo Marafado

Notas

  • Glória Maria Marreiros. Quem foi Quem?-200 Algarvios do Século XX. Edições Colibri, Lisboa, 2000.

Ligações externas editar

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