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Area é um grupo italiano de rock progressivo.

Area

Area live em Castelmassa (Rovigo), Itália, 1978
Informação geral
País Itália
Gênero(s) Rock progressivo
Art rock
Free jazz
Jazz fusion
Experimental
Eletrônica
Período em atividade 19721983
19931999
2009 – atualmente (reuniones ao vivo)
Gravadora(s) Cramps
Ascolto
Akarma
Sony
Integrantes Demetrio Stratos
Giulio Capiozzo
Eddie Busnello
Leandro Gaetano
Johnny Lambizzi
Patrick Djivas
Patrizio Fariselli
Paolo Tofani
Ares Tavolazzi
Gianni Sassi
Massimo Urbani
Pietro Tonolo
Sara Borsarini
Guido Guidoboni
Larry Nocella
Paolo Dalla Porta
Pietro Condorelli
Angela Baggi
Marco Micheli
Stefano Bollani

História editar

O grupo Area foi, em todos os sentidos, um grupo popular internacional, como dizia a capa do seu primeiro álbum, com o cantor egípcio Demetrio Stratos, que vinha do grupo beat I Ribelli, o baixista francês Patrick Djivas, depois na Premiata Forneria Marconi, e o saxofonista belga Victor Busnello.

Uma primeira formação, em 1972, compreendia ainda o pianista Leandro Gaetano e o guitarrista Johnny Lambizzi, este último substituído por Paolo Tofani, o músico com a maior experiência no grupo, tendo tocado durante os anos 60 com I Samurai junto ao futuro tecladista da Formula 3, Gabriele Lorenzi, e depois no grupo I Califfi, que incluía também o futuro baixista do Triade, Agostino Nobile.

O seu álbum de estréia, Arbeit macht frei, é um disco essencial no rock italiano dos anos 70, pleno de diversas influências mas absolutamente original na sua essência. A voz de Stratos é estupefacente, usada como um instrumento, e a base musical é potente, formada por músicos de primeira grandeza e grande criatividade. Estão presentes influências da música jazz e do folclore oriental, mas a música é difícil de etiquetar. A imagem do grupo era caracterizada pelo estilo do designer da Cramps, Gianni Sassi, que adiciona à música da banda um original estilo visual.

O segundo LP, Caution radiation area, foi mais experimental que o primeiro, com branos como Lobotomia e ZYG (Crescita Zero) fortemente influenciados pelo free jazz.

O terceiro, Crac, saído no mesmo ano, voltou a um estilo mais progressivo, com alguns dos seus melhores branos mais rockejantes como Gioia e rivoluzione e L'elefante bianco, mantendo as longas partes instrumentais que eram se tornaram uma característica do grupo.

A forte componente política na música do Area emerge no seu refazimento do hino socialista A internacional, saído no 45 rotações de 1974 e há muito tempo um clássico nos seus concertos, incluído também no sucessivo LP live de 1975 chamado Are(a)zione.

Em 1976, uma radical mudança de rota no estilo do grupo ocorre com a chegada de músicos jazz externos como o saxofonista Steve Lacy e o percussionista Paul Lytton, no álbum Maledetti. As influências jazz estão cada vez mais presentes como os discos sucessivos demonstram. O mesmo no que diz respeito às gravações posteriormente publicadas dos concertos de 1976.

Maledetti foi o último capítulo na longa relação Area/Cramps, e o grupo passou à etiqueta Ascolto.

O grupo estreou-se em Portugal na Festa do Avante de 1976, regressando em Março de 1978 para concertos em Lisboa, Porto e Coimbra.

Em 1978, é publicado Gli dei se ne vanno gli arrabbiati restano, o primeiro na nova etiqueta, o qual contem um par de músicas interessantes em estilo progressivo, como a inicial Il bandito del deserto e Hommage à Violette Nozières, junto a outras mais próximos ao free-jazz dos anos anteriores.

O consagrado vocalista Demetrio Stratos faleceu em 1979 de leucemia. Foi provavelmente um dos maiores cantores de toda a cena italiana e talvez até européia. O dia depois da sua morte testemunhou um grande concerto com vários artistas que ocorreu na Arena Cívica de Milão para lhe honrar a memória. Com 60.000 pessoas, a atração foi um evento único, originariamente organizada para recolher fundos a favor da custosa cura que Stratos estava tentando. Do evento, saiu um duplo álbum.

Um grupo derivado do Area chamado Area II apareceu nos anos 80, compreendendo porém só o baterista Giulio Capiozzo com outros músicos. Muito mais próximo ao jazz, no que diz respeito as precedentes encarnações do Area, o grupo realizou dois álbuns nos anos de 1986 e 1987.

Um novo CD de nome Chernobyl 9771, foi publicado em 1997, por uma formação que incluía um outro componente original, Patrizio Fariselli, além de Capiozzo. Essa foi provavelmente a última vez que o nome apareceu em um disco de novas gravações. A banda tocou junta até 1999 antes de desaparecer. O baterista Giulio Capiozzo morreu em agosto de 2000.

Integrantes editar

1973:

  • Demetrio Stratos (voz, órgão, percussões)
  • Paolo Tofani (guitarra, sintetizador)
  • Victor Busnello (sax)
  • Patrizio Fariselli (teclados)
  • Patrick Djivas (baixo)
  • Giulio Capiozzo (bateria, percussões)

1974:

  • Busnello e Djivas substituídos por:
  • Ares Tavolazzi (baixo)

Álbuns editar

  • 1973 Arbeit macht frei Cramps (CRSLP 5101)
  • 1974 Caution radiation area Cramps (CRSLP 5102)
  • 1974 Crac Cramps (CRSLP 5103)
  • 1975 Are(a)zione Cramps (CRSLP 5104)
  • 1976 Maledetti Cramps (CRSLP 5105)
  • 1978 Gli dei se ne vanno gli arrabbiati restano Ascolto (ASC 20063)
  • 1979 Event '76 Cramps (5205 107)
  • 1980 Tic & tac Ascolto (ASC 20224)
  • 1997 Concerto Teatro Uomo Cramps (CRSCD011/12) Concertos de 1976
  • 1997 Parigi-Lisbona Cramps (CRSCD018) Concertos de 1976
  • 1997 Chernobyl 7991 Sony (486862 2) Novo álbum em estúdio
  • 2002 Live 1977 Akarma (AK 1042/2 CD) Gravações inéditas em Turim

Fontes editar

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