Arnaldo Matos

político português (1939-2019)

Arnaldo Matias de Matos (Santa Cruz, Madeira, 24 de fevereiro de 1939Lisboa, 22 de fevereiro de 2019[1]) foi um político português que foi dirigente do PCTP/MRPP nos anos de 1970, tendo sido o único dos quatro fundadores do então MRPP a manter-se ligado ao partido (Vidaul Ferreira, João Machado e Fernando Rosas foram-se afastando do partido, continuando apenas este último ativo partidariamente).

Arnaldo Matos
Arnaldo Matos
Nascimento 24 de fevereiro de 1939
Santa Cruz
Morte 22 de fevereiro de 2019
Lisboa
Cidadania Portugal
Irmão(ã)(s) Danilo Matos
Ocupação Advogado, Politico, Revolucionário

Biografia editar

Começou por ser conhecido pelas camadas de jovens operários e estudantes militantes e simpatizantes do PCTP/MRPP no pós-25 de Abril, por ser “delegado do Comité Lenine”, que era o Comité Central do MRPP. Logo após a legalização do movimento, em 18 de fevereiro de 1975, foi preso pela primeira vez em Mirandela, pelo COPCON, e foi a partir dessa data que todo o Partido ficou a saber o seu nome. “Libertação imediata do camarada Arnaldo Matos!”, gritaram então alguns militantes e simpatizantes no Rossio (Lisboa).

Em 2015, e apesar de não possuir nenhum cargo no PCTP/MRPP, dá ordem de suspensão a todos os membros do Comité Permanente do Comité Central, o que inclui António Garcia Pereira, a cara mais conhecida do Partido e seu amigo pessoal. Começa uma luta interna que não terminou com a demissão de Garcia Pereira do Partido[2] e que pode ser acompanhada no jornal online "Luta Popular", a ponto de o conhecido político e advogado ter escrito uma série de textos que publicou num site, intitulado "em nome de verdade"[3], a repor precisamente a verdade dos factos.

Apesar de não fazer parte dos órgãos do Partido, passou a liderar o PCTP/MRPP em termos práticos como, aliás, se pode verificar na própria página do jornal.

Em dezembro de 2015, afirmou que os Ataques de novembro de 2015 em Paris foram um “acto legítimo de guerra” e que não foram feitos por “islamitas, mas por jihadistas, isto é, combatentes dos povos explorados e oprimidos pelo imperialismo, nomeadamente francês”.[4]

Morreu a 22 de fevereiro de 2019, na sua casa em Lisboa, a dois dias de completar 80 anos de idade, vítima de doença pulmonar obstrutiva crónica, que resultou numa crise cardíaca.[5]

Referências editar

  1. «Morreu Arnaldo Matos». Consultado em 22 de fevereiro de 2019 
  2. Garcia Pereira, António (26 de novembro de 2015). «A carta de Garcia». Jornal Tornado. Consultado em 22 de outubro de 2016 
  3. «O meu silêncio - Em nome da verdade». Em nome da verdade. Consultado em 24 de maio de 2018 
  4. «Arnaldo Matos acusa "grupelho" de Garcia Pereira de vandalizar sede do MRPP» 
  5. Morreu Arnaldo Matos, fundador do MRPP, Público 22.02.2019

Ligações externas editar