Arpão é uma lança utilizada para pesca, servindo para fisgar peixes grandes e baleias.[1]

Arpão pré-histórico
Arpão
Arpão para a caça à baleia.

Baleeiros editar

O uso do arpão na caça à baleia é registrado no Japão desde o ano 712, segundo o Kojiki. A técnica também é usada há séculos por esquimós da Groenlândia, que envenenam a ponta do arpão. Na Noruega a caça com arpão vem desde o ano 810. Também no século IX os bascos começaram a arpoar baleias. A partir do século XVII, Inglaterra, Holanda e Dinamarca aderiram à atividade.

No Brasil, há registros de caça à baleia que datam de 6.000 a.C. A atividade se desenvolveu, porém, no período colonial, com a chegada de baleeiros de Biscaia à Baía de Todos os Santos.[2]

O canhão lança-arpão foi inventado em 1879 pelo norueguês Sven Foyd. A facilidade no lançamento e a ponta explosiva aumentaram a eficiência dos baleeiros, acrescida em seguida pelo surgimento dos navios-fábrica, que permitiam içar as baleias ao convés.[3]

Pesca do pirarucu editar

Na Amazônia, usa-se o arpão para a pesca do pirarucu em lagos. Existem técnicas variadas, conforme as condições ambientais, de se localizar o peixe no fundo dos lagos, cada uma exigindo uma forma específica de se lançar o arpão.[4]

Ver também editar

Referências

  1. MACEDO, Letícia Carolina da Silveira. CDo Essex ao Pequod: fato, ficção e simbologia em Moby Dick. 2014. 42 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba, 2014. P. 18, nota 3
  2. BACHA, Marcella. O legado da exploração baleeira para o desenvolvimento tecnológico brasileiro. In: IV Seminário Internacional Cultura Material e Patrimônio da Ciência e Tecnologia, 2016, Rio de Janeiro. Museus e a Preservação do Patrimônio de C&T, 2016]. P. 715
  3. LEVAI, Laerte Fernando; SOUZA, Verônica Martins de. Memórias de sangue: a história da caça à baleia no litoral paraibano. Revista Brasileira de Direito Animal, Salvador, v. 4, n. 5, p. 269-292, jan./dez. 2009. P. 274
  4. SAUTCHUK, C. E. O arpão e o anzol: técnica e pessoa no estuário do Amazonas (Vila Sucuriju, Amapá). Tese de doutorado, Departamento de Antropologia – Universidade de Brasília. 2007. P. 109
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