Arquitetura genética

Arquitetura genética refere-se ao estudo da distribuição, em populações e no genoma, das bases genéticas de um caractere fenotípico. Esse termo é sinônimo de mapa genótipo-fenótipo [1].

Um mapa genótipo-fenótipo pode ser analisado em termos de diferentes aspectos que relacionam um caractere ao seu respectivo genótipo: epistasia, poligenia, pleiotropia e plasticidade fenotípica, por exemplo.

  • Epistasia: quando alelos em um locus mudam o efeito fenotípico de outro locus, se diz que ambos os genes apresentam interações epistáticas.
  • Poligenia: quando múltiplos genes contribuem para um determinado caractere fenotípico. A arquitetura genética em casos de poligenia pode ser caracterizada pela contribuição relativa de cada gene, por exemplo: muitos genes de efeito pequeno vs. poucos genes de grande efeito
  • Pleiotropia: quando múltiplos caracteres fenotípicos são afetadas pela variação em um único gene.
  • Plasticidade fenotípica: quando um único genótipo pode resultar em um espectro de fenótipos. As plasticidade pode se referir a diferentes fenótipos em diferentes indivíduos com um mesmo genótipo (em resposta a condições ambientais, por exemplo), ou diferentes fenótipos em diferentes fases da vida de um mesmo indivíduo.

Para facilitar o estudo da arquitetura genética, essa pode ser dividida nos seguintes modelos:

  • Modelo de arquitetura genética tipo 1: Genes em grande quantidade estão distribuídos no genoma e esses apresentam alelos que pouco/não possuem efeitos no genoma.
  • Modelo de arquitetura genética tipo 2: Genes em pouca quantidade estão distribuídos no genoma e esses apresentam alelos que possuem poucos efeitos no genoma.
  • Modelo de arquitetura genética tipo 3: Esse modelo inclui organismos que possuem parcialmente/totalmente o seu genoma multiplicado.
  • Modelo de arquitetura genética tipo mista: Apesar de todas as descobertas científicas no âmbito genético, ainda não foi descoberto se há somente um tipo de arquitetura genética predominante por tipo de organismo/ carácter, uma hipótese é de que essa arquitetura talvez seja a combinação da seleção natural ocorrida no passado de cada uma das espécies, e por isso há mais de um tipo dominante de arquitetura genética.



Referências

  1. Hansen, T. (2006). «The Evolution of Genetic Architecture». Annu. Rev. Ecol. Evol. Syst. 37: 123–57. doi:10.1146/annurev.ecolsys.37.091305.110224 


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