A atemoia é uma fruta híbrida que é obtida através do cruzamento da cherimoia[1] (Annona cherimola, Mill) com a fruta-pinha (Annona squamosa, L.), ambas são originárias da Região Neotropical[2] e pertencentes à família das anonáceas (a mesma da graviola).

Como ler uma infocaixa de taxonomiaAtemoia

Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Magnoliales
Família: Annonaceae
Gênero: Annona
Espécie: A. × atemoya
Nome binomial
Annona × atemoya
Mabb.

É uma fruta amplamente cultivada em Taiwan, que é um grande disseminador do fruto na Ásia e um dos maiores produtores mundiais[3]. Em contraparte, no Brasil a produção ainda é tímida, mas crescente, devida as preferências da atemoia por temperaturas mais amenas e de grande altitude[4].

Variedades editar

São três variedades que estão bem aclimatadas no Brasil:

  1. Pink Mammoth, que tem uma fruta grande e perfumada, doce e com poucas sementes.
  2. Thompson, bem parecida, com um brix superior.
  3. Gefner, similar às anteriores, mas com destaque em maior quantidade de polpa e uma resistência maior a climas mais quentes.
  4. African Pride, originária da Austrália, que também já foi introduzida no Brasil. É uma variedade nativa da África do Sul e cujo frutos apresentam características mais próximas da cherimoia.[5] É uma cultivar precoce e carrega regularmente frutos de qualidade moderada. Também pode ser originário a partir da variedade israelense, conhecida como "Kaller" . Na Austrália a variedade African Pride substituiu a variedade Pink's Mammoth, pois não tinha o problema de descoloração e amargura junto à casca, que existia na variedade Pink's Mammoth.
 

Cultivo e cuidados editar

Para o cultivo de atemoia, recomenda-se o uso de mudas sadias enxertadas, pois suas sementes contêm substâncias que inibem a germinação, induzem uma espécie de dormência, que juntamente com a pele externa dificulta uma germinação rápida e uniforme. A planta requer uma média de 45 a 55 litros de água por dia e deve evitar áreas onde os nematoides foram documentados. A poda é feita em agosto de cada ano, seguida da aplicação de fungicida e desfolha e corte das pontas dos galhos em outubro, janeiro e fevereiro. A época de plantar atemoia deve ser na época das chuvas, pois as mudas precisam de muita água.[2]

No Brasil editar

No Brasil as primeiras plantações começaram na década de 60, hoje a área plantada é de aproximadamente um mil hectares, concentrados na região centro-sul. O estado de maior produção de atemoia é São Paulo com 43,8%, Minas Gerais, Paraná e Bahia ficam com 18,8% cada. A plantação da atemoia está restrita em alguns países tropicais e subtropicais, por adaptar-se melhor às condições intermediárias entre a cherimoia (clima subtropical) e a pinha (clima tropical). Mas ela também é muito apreciada em outras regiões como o norte de Minas Gerais e outros estados, além de ser produzida no Sul e Sudeste do Brasil.

Referências

  1. LTDA-EPP, Lexikon Editora Digital. «Significado de chirimoia». auleteuol.w20.com.br. Consultado em 22 de janeiro de 2016 
  2. a b Martin, Rafael. «Atemóia: caracterização, cultivo e propriedades nutricionais» (PDF). Consultado em 24 de julho de 2022  line feed character character in |titulo= at position 33 (ajuda)
  3. Salmonsen, Renée. «Getting to know Taiwan's favorite fruit hybrid: the atemoya». Consultado em 24 de julho de 2022 
  4. Lemos, Eurico. «A produção de anonáceas no Brasil». Consultado em 24 de julho de 2022 
  5. Kavati, Ryosuke; Bueno, Silvana; Tokunaga, Takanoli; Nogueira, Eduardo; Takassaki, Jociane; Perioto, Nelson (1997). A Cultura da Atemóia (Annona squamosa L. x Annona cherimola Mill.). Campinas, Brasil: CATI. p. 22 
 
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