Augusto González Besada

político espanhol

Augusto González Besada y Mein (Tui, Galiza, Espanha; 24 de junho de 1865Madrid, 4 de junho de 1919). Advogado e político espanhol foi ministro de Fazenda, da Governação e de Fomento durante o reinado de Afonso XIII.

Biografia editar

González Besada, membro de uma das famílias mais poderosas da província de Pontevedra. na qual, tanto seu pai Basilio González Besada como os seus tios Rafael e Sabino foram deputados provinciais e, além disso, este último foi governador civil por duas ocasiões e presidente da Deputação (18961898).

Após estudar o segundo grau em Pontevedra, continuou a sua formação na Universidade de Santiago de Compostela onde estudou Direito licenciando-se em 1885, após o qual se afiliou no Colégio de Advogados de Pontevedra, exercendo a advogacia, com grande prestígio, em Madrid.

Membro do Partido Conservador, começou a sua carreira política obtendo ata de deputado no Congresso dos Deputados pelo distrito de Cambados, circunscrição de Pontevedra, em 1899; voltaria a obter cadeira nas eleições de 1901, 1903 e 1905. Após obter nos seguintes processos eleitorais cadeiras pelas circunscrições de Cádis (1907), Almeria (1910) e Alicante (1914), finalizou a sua carreira como deputado representando a província de Lugo ao obter a ata correspondente nas eleições celebradas entre 1916 e 1919.

Após ser, em 1902, subsecretário de Fazenda, foi nomeado, entre 20 de julho e 5 de dezembro de 1903, ministro de Fazenda por Raimundo Fernández Villaverde, sendo o Ministro de Fazenda mais novo da Restauração. Esta mesma carteira ministerial desempenhou-a em outras duas ocasiões: de 14 de setembro de 1908 a 21 de outubro de 1909 em gabinetes de Antonio Maura. Também foi ministro da Governação entre 27 de janeiro e 23 de junho de 1905 com Fernández Villaverde, e ministro de Fomento com Maura de 25 de janeiro de 1907 a 14 de setembro de 1908.

Além disso, agiu como um dos porta-vozes da oposição conservadora que recusou a lei de Substituição dos Consumos urdida por José Canalejas e Rodrigáñez, e anunciou o bloqueio uma vez os conservadores voltassem ao governo, como assim ocorreu. Foi presidente do Congresso (1914), dos Conselhos de Estado, Instrução Pública e Fomento e a Junta Central de Colonização. Em 1915, foi proposto por Maura como membro da Real Academia Espanhola. Também foi membro da Academia de Ciências Morales e Políticas, e da de Jurisprudência chegou a ser presidente.

A 4 de junho de 1919, três dias depois das eleições gerais, González Besada faleceu. Foi substituído como deputado por Lugo o seu filho Carlos González Besada e Giráldez. Ao ano seguinte, para honrar a sua memória, Afonso XIII criou o marquesado de González-Besada, em favor da sua viúva.

Obras editar

  • Quadros da literatura galega nos séculos XIII e XIV
  • História crítica da literatura galega
  • GONZÁLEZ BESADA, Augusto (1916). Deberes de ciudadanía olvidados o mal cumplidos por generaciones. [S.l.]: Real Academia de Ciencias Morales y Políticas. ISBN 978-84-7296-126-5 
  • GONZÁLEZ BESADA, Augusto (2004). Rosalía de Castro. [S.l.]: Edicións A Nosa Terra. Promocións Culturais Galegas. ISBN 978-84-96203-73-0 

Bibliografia editar

  • COMÍN, F. et al. La Hacienda desde sus ministros. Del 98 a la guerra civil. Ed. Prensas Universitarias de Zaragoza, 2000, Saragoça. ISBN 84-7733-540-0
  • Necrológica em Boletín de la Real Academia Española, Tomo VI, Quaderno XXIX, 1919, pp. 465–472.

Referências

 
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