Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos

Organização intergovernamental

A Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (ISA) é uma Organização intergovernamental estabelecida pelo Acordo 1982 da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM) e pelo Acordo de Implementação 1994. A Autoridade é composta por 167 estados membros e a União Europeia.[1]

Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos
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Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos
Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos
Sede da Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos
Tipo Organização intergovernamental
Fundação 16 de Novembro de 1994
Sede Kingston, Jamaica
Membros 168 estados membros
Sítio oficial https://www.isa.org.jm/

É através da ISA que os Estados Partes da CNUDM organizam e controlam todas as atividades relacionadas aos recursos minerais na área internacional do fundo do mar, conhecida também como “a Área”, para o benefício da humanidade como um todo. A Autoridade tem o mandato de garantir a proteção efetiva do ambiente marinho contra efeitos nocivos que possam surgir de atividades relacionadas ao fundo do mar.[1]

Estrutura editar

 
Estados membros (azul) e Observadores (amarelo) da Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos. Observação: a União Europeia também é membro da autoridade.

Os órgãos principais que estabelecem as políticas e governam o trabalho da ISA são: a Assembleia, onde todos os 168 membros estão representados; e o Conselho de 37 membros eleitos pela Assembleia. O Conselho tem dois órgãos consultivos, a Comissão Jurídica e Técnica (30 membros) que assessora o Conselho em todos os assuntos relacionados à exploração e explotação de recursos marinhos não vivos, como nódulos polimetálicos, sulfetos polimetálicos e crostas de ferromanganês ricas em cobalto, e o Comitê de Finanças (15 membros) que trata de assuntos orçamentários e correlatos[2].

Assembleia editar

A Assembleia da ISA é o "órgão supremo" da Organização, composto por todos os membros da ISA, e com poderes para estabelecer as políticas gerais. Todas as Partes da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM) são automaticamente membros da ISA, que compreende 167 Estados e a União Europeia[3].

A Assembleia também possui como atribuição:

  • Elege os membros do Conselho e demais órgãos, bem como o Secretário-Geral, que dirige o Secretariado;
  • Estabelece os orçamentos bienais da ISA, bem como as taxas pelas quais os membros contribuem para o orçamento, com base na escala de avaliação estabelecida pela Organização das Nações Unidas para as atividades desse órgão;
  • Aprovar (após a aprovação pelo Conselho) as regras, regulamentos e procedimentos que a ISA venha a estabelecer de tempos em tempos no que tange à prospecção, exploração e explotação da Área;
  • Examina os relatórios de outros órgãos, nomeadamente o relatório anual do Secretário-Geral sobre o trabalho do ISA.

Conselho editar

O Conselho é composto por 36 membros eleitos pela Assembleia em grupos que obedecem a critérios de consumo de minerais, investimentos, exportação, interesses especiais e distribuição equitativa.[4]

Mineração editar

Em junho de 2021, o presidente de Nauru destacou a urgência de finalizar os regulamentos para mineração em águas internacionais à Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos. O pedido de Nauru desencadeou uma "regra de 2 anos" que obriga a Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos a finalizar as regras até meados de 2023 ou aceitar pedidos de exploração na ausência de diretrizes formais, deixando muitas questões sobre os efeitos a longo prazo da mineração do fundo do mar sem solução.[5]

Ver também editar

Referências