Bahman Nassim

nadador iraniano

Bahman Nassim (Abadã, fevereiro de 1940 - Teerão, 28 de janeiro de 1980) foi um nadador iraniano recordista da especialidade de costas e também representou o seu país em pólo aquático entre 1958 e 1963. Bahman é conhecido pela sua influência no desenvolvimento da natação e do pólo aquático no Irão, durante os inícios da década de 1960 que levaria ao sucesso das equipas daquele país durante a década de 1970, em especial nos Jogos Asiáticos. Mais tarde foi polícia e foi chefe da polícia na cidade de Semnã onde foi preso depois da queda do xá Maomé Reza Pálavi, sendo acusado de "Assassinar pessoas inocentes".[1] Apesar das acusações não terem sido provadas no tribunal revolucionário, o fa(c)to é que foi condenado à morte por fuzilamento e executado em 28 de janeiro de 1980, na prisão de Evin, em Teerão. Ele deixou a sua esposa viúva e duas filhas que residem na atualidade no Irã.[1]

Primeiros tempos editar

Bahman Nassim nasceu fevereiro de 1940, na cidade de Abadã, filho de Ramezan Nassim Naseri e de Farideh Hasson. Ramezan Nassim trabalhava na empresa National Iranian Oil Company como responsável da contabilidade daquela companhia em Abadã, Irão. Dado o levado nível de vida que o pai ocupava na sociedade iraniana, cada um dos seus filhos teve uma vida confortável e ativa. O desporto era uma parte importante das atividades da família, com filhos e filhas envolvidos em modalidades como natação, mergulho. Hossein Nassim, o seu irmão mais novo foi treinado por ele, ajudando-o na obtenção de várias medalhas e recordes obtidos por Hossein.

Recordes de natação e medalhas editar

  • Medalha de ouro, 100 m de costas, Irã 1958
  • Medalha de ouro, 100 m de costas, Irã 1959
  • Silver medal, 100 m de costas, Irão 1960
  • Medalha de prata, 100 m de costas, Irão 1961
  • Medalha de prata, 100 m de costas, Irã 1962
  • Medalha de prata, 100 m de costas, Irão 1963

Vida pós natação editar

Enquanto praticava a natação, perguntaram-lhe se ele estaria interessado em seguir educação superior numa academia de polícia. Bahman aceitou a oferta e fez parte da força policial e chegou ao posto de oficial. Estacionado em Abadã, foi responsável no combate ao tráfico de droga que era galopante naquela cidade. Ele acreditava firmemente que o tabaco, a bebida e o uso de drogas eram a causa dos problemas no seio da comunidade local. Bahman foi transferido para a cidade de Semnã onde foi chefe de polícia, antes da Revolução Iraniana. Após a revolução recusou abandonar o posto e por causa disso seria preso. Ele foi acusado de "Assassinar pessoas inocentes"[1] e foi condenado à morte e no dia 28 de janeiro foi executado na temível Prisão Evin por fuzilamento. Bahman envergou a sua camisola da Seleção nacional do Irão de Natação durante a sua execução.

Ligações externas editar

Referências

  1. a b c «One Person's Story: Bahman Nasim». www.iranrights.org. 2015. Consultado em 12 de maio de 2015