Barry Sullivan (Nova Iorque, 29 de agosto de 1912Sherman Oaks, California, 6 de junho de 1994), foi um ator estadunidense.

Barry Sullivan
Barry Sullivan
Barry Sullivan no trailer de Assim Estava Escrito, 1952
Nome completo Patrick Barry Sullivan
Nascimento 29 de agosto de 1912
Nova Iorque
Nacionalidade norte-americano
Morte 6 de junho de 1994 (81 anos)
Sherman Oaks, Califórnia
Ocupação Ator
Cônjuge Marie Browne (1937-1958)
Gita Hall (1958-1961)
Desirée Sumarra (1962-1965)

Vida e carreira editar

Apesar de nunca ter atingido o estrelato, Barry Sullivan construiu uma sólida carreira como ator coadjuvante. Seu pai alimentava ambições políticas para ele, mas elas logo se dissiparam quando Barry descobriu a dramaturgia ao atuar em uma peça na Universidade Temple, em Filadélfia, onde cursava Direito. Enquanto trabalhava sucessivamente como lavador de automóveis, guarda de estacionamento, segurança de teatro e vendedor, percorria a Broadway à procura de papéis. Finalmente, estreou em 1936, em I Want a Policeman, um fracasso a que se seguiram vários outros. O sucesso veio com a comédia The Man Who Came to Dinner, contudo seu saldo nos palcos sempre foi negativo: com exceção de The Caine Mutiny, encenada no começo da década de 1950, todas suas outras peças fracassaram. Entrou para o cinema na década de 1940 participando de alguns curtas-metragens, mas foi apresentado oficialmente ao grande público no suspense Explosivo (High Explosive, 1943), produção B da Paramount (outras fontes indicam o faroeste A Mulher da Cidade/Woman of the Town, 1943).

Após diversas produções menores em diversos estúdios, das quais se destaca Até o Céu Tem Limites (The Great Gatsby), 1949), Sullivan assinou com a MGM. Ali trabalharia com grandes astros e diretores, como Clark Gable em Quando Morre uma Ilusão (Any Number Can Play, 1949), de Mervyn LeRoy, Barbara Stanwick em Vida Contra Vida (Jeopardy, 1952), de John Sturges e Lana Turner em Perdidamente Tua (A Life of Her Own, 1950), de George Cukor e Assim Estava Escrito (The Bad and the Beautiful, 1952), de Vincente Minnelli.

Ator versátil, Sullivan nunca conheceu o ostracismo, mercê do cuidado com que escolhia seus papéis. Sentia-se confortável em comédias, como Amor Vai, Amor Vem (Ground for Marriage, 1950), filmes de gângster (A Quadrilha Escarlate/The Purple Gang, 1959), dramas românticos (Os Amores Secretos de Eva/Queen Bee, 1955, com Joan Crawford) ou nos muitos faroestes de que participou, ao lado de, entre outros, Barbara Stanwick (Até a Última Bala/The Maverick Queen, 1955 e Dragões da Violência/Forty Guns, 1957), Claudette Colbert (O Drama de uma Consciência/Texas Lady, 1955), Audie Murphy (Matar por Dever/Seven Ways from Sundown, 1960) e Robert Redford (Willie Boy/Tell Them Willie Boy Is Here, 1969). Teve atuação destacada também na televisão, onde estrelou diversos filmes e as séries The Tall Man, The Road West, Harbourmaster e The Man Called X. Foi ator convidado em inúmeras outras, como Bonanza, Streets of San Francisco (Ruas de São Francisco, no Brasil), Cannon e Little House on the Prairie (Os Pioneiros, no Brasil).

Sullivan casou-se em 1937 com a atriz Marie Browne. Com ela teve dois filhos, Johnny e Jenny. Johnny era portador de problemas mentais e acabou sendo internado em uma instituição em Santa Barbara. Por isso, Sullivan considerava que o personagem mais importante que interpretou foi o de pai de Yvette Mimieux, a jovem mentalmente perturbada de Luz na Praça (Light in the Piazza, 1962). O papel era pequeno mas permitiu-lhe reviver seu drama pessoal, responsável por períodos de grande depressão, dos quais saiu graças à ajuda de Bette Davis, que passara pelo mesmo problema. Um pacote com cartas não enviadas, que Barry escreveu para o filho doente, foi descoberto anos mais tarde por Jenny, naquela altura já dedicada à dramaturgia, resultando na peça "Journals for John", levada aos palcos em 2001.

Esse primeiro casamento terminou em divórcio em 1958. No mesmo ano, Sullivan desposou a também atriz Gita Hall, que lhe deu uma filha, Patricia, futura modelo. O casamento chegou ao fim em 1961, submerso em um mar de discussões devidamente registradas pela crônica de Hollywood. Em 1962, casou-se pela terceira vez, agora com a egípcia Desirée Sumara, jovem aspirante a estrela. A união também acabou em divórcio, em 1965. A fuga a essas derrotas pessoais era proporcionada pela carreira, a que Sullivan se dedicou até a década de 1980, quando se aposentou por vontade própria. Nos últimos anos de vida, tornou-se escritor, tendo publicado diversos romances sentimentais. Faleceu de insuficiência respiratória aos 81 anos de idade.[1]

Filmografia editar

Todos os títulos em Português referem-se a exibições no Brasil. Estão listados apenas seus longas-metragens.[1]

Referências

  1. a b Unonius, Kristian Erik (2002). «Barry Sullivan, O Homem do Sorriso Enigmático». edição de autor. Matinê (30) 

Ligações externas editar