Batalhão de Inteligência 3-16 ou Batalhão 316 (teve também outros nomes: Grupo dos 14 (1979-1981),[1] Special Investigations Branch (Dies) (1982-1983),[1] Batalhão de Inteligência 3-16 (de 1982 ou 1984 até 1986),[1] Intelligence and Counter-Intelligence Branch (desde 1987)[1] foi uma unidade do exército de Honduras responsável pela realização de assassinatos políticos e tortura de suspeitos de serem opositores do governo durante a década de 1980, considerados "comunistas" ou "subversivos". O nome indicava o serviço da unidade de três unidades militares e dezesseis batalhões do exército hondurenho.[1] A reorganização da unidade sob a denominação "Batalhão de Inteligência 3-16" é atribuída ao general Gustavo Alvarez Martínez.[2] Integrantes do Batalhão receberam treinamento e o apoio dos Estados Unidos e da CIA para a sua formação, tanto em Honduras como em bases militares dos EUA,[3] bem como de Alfredo Mario Mingolla e outros membros do Batalhão de Inteligência 601 da Argentina (incluindo Ciga Correa, que havia colaborado com o DINA chileno para assassinar o general Carlos Prats e treinar, junto com Mohamed Alí Seineldín, o AAA.[4] Pelo menos 19 membros do Batalhão 3-16 foram graduados da Escola das Américas.[5][6] O Batalhão 3-16 também foi treinado por Pinochet do Chile.[4]

Referências editar

  1. a b c d e «Honduras: Follow-up to HND38009.E of 4 December 2001 on the Patriotic Revolutionary Front (Frente Patriótico Revolucionario, FPR); Follow-up to HND38010.E of 4 December 2001 on whether Battalion 3-16 continues to operate; whether a death squad known as Group 13-16 operated at any time between 1990 and 1992; whether Colonel Alvarez Martinez or General Regalado Hernandez commanded either of these groups (1990-December 2001)». Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados. 12 de junho de 2002. Consultado em 30 de julho de 2009. Cópia arquivada em 1 de agosto de 2009 
  2. Valladares Lanza, Leo; Susan C. Peacock. «IN Search of Hidden Truths -An Interim Report on Declassification by the National Commissioner for Human Rights in Honduras». Consultado em 2 de agosto de 2009. Cópia arquivada em 2 de agosto de 2009 
  3. Cohn, Gary; Ginger Thompson (11 de junho de 1995). «When a wave of torture and murder staggered a small U.S. ally, truth was a casualty». Baltimore Sun. Consultado em 27 de julho de 2009. Cópia arquivada em 26 de julho de 2009 
  4. a b Equipo Nizkor, LA APARICION DE OSAMENTAS EN UNA ANTIGUA BASE MILITAR DE LA CIA EN HONDURAS REABRE LA PARTICIPACION ARGENTINO-NORTEAMERICANA EN ESE PAIS., Margen (em castelhano)
  5. Imerman, Vicky; Heather Dean (2009). «Notorious Honduran School of the Americas Graduates». Derechos Human Rights. Consultado em 3 de agosto de 2009. Cópia arquivada em 3 de agosto de 2009 
  6. «U.S. continues to train Honduran soldiers». Republic Broadcasting Network. 21 de julho de 2009. Consultado em 3 de agosto de 2009. Cópia arquivada em 3 de agosto de 2009 

Ligações externas editar