Nota: Se procura cantora brasileira, veja Miriam Batucada.

Batucada também chamada de batuque em algumas localidades. A princípio eram reuniões de negros para cantar e dançar, chamado também de Tambor de crioula no Maranhão.[1]

Batuque - Johann Moritz Rugendas, 1822-1825.

O Batuque de roda era feito pelos angolanos e congoleses, formavam uma roda e no centro ficava o cantador que usava a umbigada para chamar o substituto, usavam atabaques e palmas como percussão, é semelhante ao Cucumbi ou Jongo, o mais provável é que o costume tenha vindo da África onde é encontrado o Batuque de Cabo Verde.

Alguns pesquisadores afirmam que a batucada é a parte profana do Batuque (religião) e do Candomblé, o ato de batucar, outros afirmam que as duas palavras tem o mesmo significado. Era acompanhada por instrumento de percussão muitos oriundos da África e de seus ritmos religiosos do candomblé, sendo que muitos instrumentos eram improvisados de utensílios domésticos como o prato, frigideira e faca, até hoje usados nas baterias das escolas de samba, usava-se instrumentos de corda como cavaquinho e violão, e também outros como chocalho e pandeiro.[2]

Quando não tinham instrumentos, músicos improvisavam nos botecos a batucada de mesa, batucavam na mesa, em garrafas, copos, caixas de fósforos, com talheres.

Muitos artistas batucavam em caixa de fósforo, Cartola, Noel Rosa, Germano Mathias, Moreira da Silva, Adoniran Barbosa, Miriam Batucada.

Existe também a batucada de lata onde meninos se utilizam de latas de qualquer tamanho como instrumento de percussão.

Instrumentos da batucada editar

Apresentamos somente nesta secção os principais instrumentos da bateria de samba. Outros instrumentos são às vezes utilizados de maneira esporádica, como por exemplo o reco-reco, o ganza (shaker), o pandeiro ou o glockenspiel.

 
Tambor
  • O tambor é um instrumento aprumado, largo e profundo cujo som grave produz os contrabaixos e garante a estrutura rítmica da batucada. Feito geralmente com metal, suas membranas podem ser naturais ou sintéticas. Existem tambores de diferentes tamanhos (de 16 a 26 polegadas de diâmetro).
 
Repinique
  • O repique é um instrumento de som nítido para acompanhamento, aproximadamente três vezes menor do que o tambor. É também utililizado nos fraseados (começos das batucadas, paradas dos trechos musicais). Fabricado da mesma forma com metal, suas membranas são sintéticas.
 
Caixa
  • A caixa ou tarol é uma caixa-clara, um pequeno tambor como o que pode ser encontrado em baterias de música de rock'n'roll. Contudo, ao contrário da caixa ou tarol, seu timbre é geralmente obtido com um simples fio de aço esticado de um lado ao outro da membrana de toque. A caixa também serve ao acompanhamento, garantindo sua continuidade rítmica.
 
Tamborim
  • Este tamborim é um instrumento sem címbalo cujo som é muito seco e agudo. Ele serve para efetuar frases rítmicas, pontuando e revificando os trechos musicais.
 
Chocalho
  • O chocalho é um conjunto de pequenos pratos ou címbalos montadas numa rede de grandes varas de metal ou ferro. O som produzido pelo chocalho é repetitivo e agudo, vindo reforçar o acompanhamento oferto pelas caixas;
 
Agogô
  • O agogô é um tipo de sino ou campânula de dois sons (às vezes três ou quatro, até mesmo cinco). Ele executa uma função intermediária entre a rítmica e a melodia.
 
Cuíca
  • A cuíca é um tipo de tambor muito especial, contendo uma varinha ou tira de couro fixa no meio da membrana ou pele. A varinha esfregada com uma esponja úmida vai transmitir vibrações à pele e produzir um som rouco. Os sons produzidos lembram os gritos do macaco. A cuíca é utilizada para se formar uma sorte de canto rítmico.
 
Apito
  • Este instrumento musical é um apito com um ou três sons. Ele permite ao chefe da bateria de chamar a atenção dos músicos e dirigí-los por meio de sinais convencionais.

Referências

 
Commons
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