Nota: Para outros significados de Benito Juárez, veja Benito Juárez (desambiguação).

Benito Pablo Juárez García (San Pablo de Guelatao, Oaxaca, 21 de março de 1806Cidade do México, 18 de julho de 1872) foi um estadista mexicano que serviu cinco períodos como presidente do México:[1] (1858–1861 como interino), (1861–1865), (1865–1867), (1867–1871), e (1871–1872). Por resistir à ocupação francesa, derrubar o imperador e restaurar a república, assim como por seus esforços em modernizar o país, Juárez é frequentemente lembrado como o maior e mais amado líder mexicano. Benito Juárez foi o primeiro líder mexicano a não ter passado militar, e também o primeiro indígena a servir como presidente do México e a comandar um país ocidental em mais de 300 anos.

Benito Pablo Juárez García
Benito Juárez
Benito Pablo Juárez García
Presidente do México
Período 15 de Janeiro de 185818 de Julho de 1872
Antecessor(a) Ignacio Comonfort
Sucessor(a) Sebastián Lerdo de Tejada
Dados pessoais
Nascimento 21 de março de 1806
San Pablo de Guelatao,Oaxaca
Morte 18 de julho de 1872 (66 anos)
Cidade do México, México
Primeira-dama Margarita Maza
Partido Liberal
Profissão advogado, juiz e político
Assinatura Assinatura de Benito Juárez

Juárez nacionalizou os bens do clero em 1859. Era uma tentativa de resolver o problema agrário mexicano por meio da individualização da propriedade comunal. A proposta de reforma agrária pretendia reconstituir o campo em bases individualistas, redistribuindo a terra para que cada camponês usufrua dos ganhos de seu próprio trabalho.

Infância e juventude editar

Juárez nasceu no vilarejo de San Pablo Guelatao, Oaxaca, localizado na cadeia de montanhas hoje conhecida como Sierra Juárez. Filho de Marcelino Juárez e Brígida García, indígenas de origem zapoteca, ficou órfão aos três anos de idade, sendo entregue a um tio. Trabalhou em plantações de milho e no pastoreio até os 12 anos de idade. Em 17 de dezembro de 1818 vai para Oaxaca para estudar em busca de uma vida melhor. Na época ele era analfabeto e não falava espanhol, apenas zapoteca.

Na cidade, onde sua irmã trabalhava como cozinheira, ele conseguiu um emprego de empregado doméstico. Um frade franciscano, Antonio Salanueva, ficou impressionado com a inteligência e vontade de aprender de Juárez, e arranjou-lhe uma matrícula no seminário da cidade. Ele estudou ali mas preferiu cursar Direito ao invés de estudar para ser padre, e em 1827 concluiu seus estudos no seminário.

Carreira política editar

 
Benito Juárez com sua irmã Nela (à esquerda) e sua esposa Margarita (direita), 1843.

Concluídos os estudos em Direito, tornou-se advogado em 1834, e juiz em 1842. Ele foi governador do estado de Oaxaca de 1847 a 1853, ano em que foi para o exílio devido à sua oposição à corrupta ditadura de Antonio López de Santa Anna. Durante o exílio ele viveu em Nova Orleans, Louisiana, onde trabalhou numa fábrica de charutos.

Influenciou Alessandro Mussolini, ativista socialista, a batizar seu filho com o nome de Benito Amilcare Andrea Mussolini, que viria a se tornar a personificação do fascismo, baseado nas ideias do patrono do fascismo, o socialista Giovanni Gentile.

Diante de uma crescente oposição, Santa Anna renunciou em 1855, e Juárez pôde retornar ao México. Desta vez ocupou o cargo de ministro da Justiça de Juan Álvarez (1855). O seu protagonismo político cresceu ainda mais quando foi eleito, em 1857, vice-presidente da República.

Benito Juaréz Garcia foi temporariamente derrubado pela facção conservadora liderada por Félix María Zuloaga, mas em Veracruz preparou o seu retorno triunfal, que veio a acontecer em San Miguel de Calpulalpan. E, em 1861 (31 de janeiro), chegou ao cargo de presidente constitucional.

O panorama político mudou radicalmente com a chegada da expedição francesa enviada por Napoleão III, comandada por Bazaine, que proclamou o arquiduque Maximiliano da Áustria imperador do México. Juárez, instalado junto à fronteira com os Estados Unidos, preparou uma luta armada que se prolongou por três anos (1864-1867). O imperador acabou por ser derrotado em Querétaro e foi fuzilado. Após o fuzilamento de Maximiliano, foi reeleito presidente em 1867 e novamente em 1871. Perto do final da sua vida (1871) teve de combater uma revolta liderada por Porfírio Díaz e em Julho de 1872 morreu em decorrência de um acidente vascular cerebral (AVC).

Foi casado com Margarita Maza.

Referências

  1. «México - Presidencia de la República». Arquivado do original em 10 de setembro de 2005 

Ligações externas editar

 
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Precedido por
Maximiliano do México (enquanto Imperador do México)
 
Presidente do México

1858 - 1872
Sucedido por
Sebastián Lerdo de Tejada