Bernardo Miguel Guanais Mineiro

Bernardo Miguel Guanais Mineiro foi um revolucionário brasileiro que chefiou um violento movimento federalista que, em fevereiro de 1832, chegou a estabelecer um governo provisório.[1] O movimento ficou conhecido como Federação do Guanais.

Nove anos depois da Guerra de Independência da Bahia, as ideias republicanas e emancipacionistas que motivaram o povo baiano à luta fizeram os revolucionários acreditarem que era a hora de mudar o regime, então conturbado pela indefinição de como seria o Governo, ausente o Imperador.[1]

Apesar do apoio que receberam por parte dos proprietários, ainda tomados pelo forte sentimento federalista, suas forças não puderam fazer frente à resistência do poder constituído.

A reação do governo foi capitaneada pelo Visconde de Pirajá. Após três dias de lutas, os revoltosos se rendem e seu chefe, Guanais Mineiro, é mandado preso para o Forte do Mar – verdadeiro bastião de forma circular erguido numa ilha artificial para a defesa do porto de Salvador.[2]

Forte de São Marcelo, onde Guanais Mineiro levantou a bandeira da revolta após sublevar a guarnição.

Em 26 de abril de 1833, Guanais Mineiro consegue sublevar a fortificação onde estava confinado e, dali, bombardeia Salvador[1] Erguem uma bandeira de três palas: branca, azul e branca e exigem, sem sucesso, a negociação.[3]

Representação da bandeira federalista, erguida no Forte do Mar.

Este último levante foi o “canto do cisne” do chefe revolucionário Guanais Mineiro que, dali, foi mandado para o sertão baiano onde, longe das inflamações da capital, encerrou seus dias, deixando grande descendência.

Referências

  1. a b c Luís Henrique Dias Tavares (2006). História da Bahia. [S.l.]: Edufba/Edusp 10ª ed. pp. 261–267. ISBN 85-232-0239-0 
  2. A. Souto Maior (1968). História do Brasil. [S.l.]: Companhia Editora Nacional. 290 páginas 
  3. Rubim Santos Leão de Aquino (1999). Sociedade brasileira: uma história. [S.l.]: Editora Record. pp. 480 e seg. ISBN 850105674X, 9788501056740