Big Brown Eyes

filme de 1936 dirigido por Raoul Walsh

Big Brown Eyes (bra: Olhos Castanhos; prt: Aqueles Olhos Negros)[3][4][5] é um filme estadunidense de 1936, do gênero comédia dramática criminal, dirigido por Raoul Walsh, e estrelado por Cary Grant e Joan Bennett. O roteiro de Bert Hanlon e do próprio Walsh foi baseado no conto "Hahsit Babe" e no conto homônimo de James Edward Grant, ambos publicados na revista Liberty em 1935.[1]

Big Brown Eyes
Big Brown Eyes
Cartaz promocional do filme.
No Brasil Olhos Castanhos
Em Portugal Aqueles Olhos Negros
 Estados Unidos
1936 •  p&b •  77 min 
Gênero comédia dramática criminal
Direção Raoul Walsh
Produção Walter Wanger
Adolph Zukor
Roteiro Bert Hanlon
Raoul Walsh
Baseado em
  • Hahsit Babe
    conto de 1935
    de James Edward Grant
  • Big Brown Eyes
    conto de 1935
    de James Edward Grant
Elenco Cary Grant
Joan Bennett
Música Gerard Carbonara
Boris Morros
Cinematografia George Clemens
Direção de arte Alexander Toluboff
Figurino Helen Taylor
Edição Robert Simpson
Companhia(s) produtora(s) Walter Wanger Productions
Distribuição Paramount Pictures
Lançamento
  • 3 de abril de 1936 (1936-04-03) (Estados Unidos)[1]
Idioma inglês
Orçamento US$ 289.696[2]
Receita US$ 359.009[2]

A trama retrata a história de uma manicure que se vê envolvida na investigação de um roubo em que seu namorado, um detetive, está trabalhando.[6][7]

Este foi o primeiro dos dois filmes que Bennett e Grant coestrelaram juntos, apesar do fracasso comercial e crítico da produção. Eles foram reunidos novamente em "Wedding Present".[8]

Sinopse editar

Eve Fallon (Joan Bennett), uma manicure espirituosa, rapidamente consegue um emprego como repórter para ajudar seu namorado, o detetive da polícia Danny Barr (Cary Grant), em um caso de roubo de joias. Juntos, eles estão determinados a desmantelar a quadrilha de ladrões e solucionar o assassinato de um bebê, um crime ligado a um dos membros do grupo criminoso. Apesar dos desafios, eles permanecem firmes em seu plano de justiça.

Elenco editar

Produção editar

Fred MacMurray foi originalmente escalado para o papel principal, mas foi substituído por Cary Grant durante a pré-produção.[1]

Recepção editar

Os críticos têm considerado o filme como "descartável" e "inconsequente", com "roteiro ruim e atuações geralmente sem inspiração".[9][10][11]

Graham Greene, em sua crítica para a revista The Spectator, deu ao filme uma crítica positiva, caracterizando-o como "um filme rápido de gângsteres, bem dirigido e bastante desprovido de sentimentalismo, agradavelmente livre de emoção".[12]

Escritores mais recentes foram mais gentis com o filme. O biógrafo de Cary Grant, Scott Eyman, chamou-o de "uma joia desconhecida no catálogo de Grant, uma comédia dramática ágil ... um filme pre-Code alegremente desacreditado, feito inexplicavelmente depois da aplicação do Código, com diálogos rápidos que antecipam His Girl Friday".[13]

Richard Brody, em sua crítica para a The New Yorker, elogiou os "vigaristas presunçosos e espertinhos do dia a dia que distribuem conversa fiada – ninguém mais do que Grant e Bennett, cujas zombarias muitas vezes lembram um discurso duplo quase Beckettiano. Aqui, Grant oferece os lampejos iniciais das artimanhas ousadas, suaves e intrincadas sobre as quais sua duradoura personalidade cômica é baseada".[14][15]

Bilheteria editar

De acordo com os registros da Paramount Pictures, o filme arrecadou US$ 234.173 nacionalmente e US$ 124.836 no exterior, totalizando US$ 359.009 mundialmente. A produção fez o estúdio perder dinheiro, com um prejuízo de US$ 14.645.[2]

Bibliografia editar

Referências

  1. a b c «The First 100 Years 1893–1993: Big Brown Eyes (1936)». American Film Institute Catalog. Consultado em 1 de abril de 2024 
  2. a b c Bernstein, Matthew (1994). Walter Wagner: Hollywood Independent. Berkeley, Califórnia: University of California Press. p. 436. ISBN 978-0520081277. Consultado em 1 de abril de 2024 – via Internet Archive 
  3. «Diário da Tarde (PR) – 1899 a 1983 – DocReader Web». Brasil: Hemeroteca Digital Brasileira. 3 de março de 1937. p. 3. Consultado em 1 de abril de 2024 
  4. «Olhos Castanhos (1936)». Brasil: CinePlayers. Consultado em 1 de abril de 2024 
  5. «Aqueles Olhos Negros (1936)». Portugal: Público. Consultado em 1 de abril de 2024 
  6. Erickson, Hal. «Big Brown Eyes (1936)». AllMovie. Consultado em 1 de abril de 2024 
  7. Maltin, Leonard (2011) [2010]. Leonard Maltin's Movie Guide (em inglês). Nova Iorque: New American Library. ISBN 978-0451230874 
  8. Glancy 2020, p. 147.
  9. Vineyard, David L. (8 de agosto de 2009). «A Movie Review: Big Brown Eyes (1936)». Mystery File (em inglês). Consultado em 1 de abril de 2024 
  10. Kellow, Brian (26 de novembro de 2004). «The Bennetts: An Acting Family»  (em inglês). University Press of Kentucky. p. 205. ISBN 0813123291 – via Internet Archive 
  11. Nugent, Frank S. (2 de maio de 1936). «At the Capitol». The New York Times (em inglês). Consultado em 1 de abril de 2024 
  12. Greene, Graham (19 de junho de 1936). «Dangerous / Big Brown Eyes». The Spectator  (reimpresso em: John Russel, Taylor, ed. (1980). The Pleasure Dome . [S.l.]: Oxford University Press. p. 82. ISBN 0192812866 – via Internet Archive )
  13. Eyman, Scott (20 de outubro de 2020). Cary Grant: A Brilliant Disguise. Nova Iorque: Simon & Schuster. ISBN 978-1501192111. Consultado em 1 de abril de 2024 – via Amazon 
  14. Brody, Richard. «Big Brown Eyes». The New Yorker. Consultado em 1 de abril de 2024 
  15. Brody, Richard (10 de fevereiro de 2015). «Movie of the Week: "Big Brown Eyes"». The New Yorker. Consultado em 1 de abril de 2024 
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