Ruborizador, Blush (do inglês "enrubescer" ou "rubor") ou Rouge' (do francês "vermelho") é um produto de maquilagem usados para realçar ou dar colorido às maçãs do rosto (bochechas), conferindo uma aparência saudável e corrigindo certas irregularidades da face, mas também pode causar mais danos faciais que o shadow eye (sombra de olho).[1]

História editar

 
Variedade de tons de blush em pó

Os homens gregos e romanos antigos eram conhecidos por aplicar naturalmente pigmentos vermelhos, como ocre, fiicus, cinábrio, hena, açafrão , ou cochonilha como um tipo de rouge nas bochechas. As europeias usaram pó da madeira do pau-brasil depois que este se tornou um recurso comum no Ocidente e zarcão foi usado até 1920. Embora inicialmente o rouge tinha a textura de pomada mas com o passar do tempo adquiram outras texturas como cremes[2] e géis,[1] atualmente, o rouge em pó tem sido mais comum e popular devido o aspecto mais fino e potencial de duração maior.[3]

Diferente de agora, o blush era usado tanto por mulheres quanto por homens na França, um inventário detalhado de 1768 mostra que tanto os homens quanto as mulheres compravam o blush, um cavalheiro de província encomenda "blush para teatro" enquanto outro reclama que sua encomenda de blush de tintura branca para o rosto estava atrasada. O blush também correspondia a apenas 1% a 7% do total de vendas de perfumistas oficiais, provavelmente porque vendedores específicos de blush faziam mais vendas operando fora dos livros.[4]

O blush foi tão bem pensado que, quando o uso de "tintas" foi criticada, muitos escritores do século XIX abriram uma exceção para ele:

Se alguma vez a pintura tenha que ser proscrita, devemos implorar por uma exceção em favor do blush, o que deve ser usado de modo inocente e aplicado com arte para dar uma expressão ao rosto, que não a teria sem esse auxiliar.
The Toilette of Health, Beauty, and Fashion, Allen and Ticknor; 1834. p. 89.[5]

Como matérias-primas e as receitas estavam disponíveis, as pessoas do século XIX poderiam fazer seu próprio blush, no entanto, na segunda metade desse século a tendência passou a ser a compra do blush já pronto. Um exemplo de receita de 1875.

Composição química editar

As matérias-primas serão escolhidas em função de sua forma física, estando, por sua vez, condicionadas ao tipo de pele. Por exemplo, pós e géis para peles lipídicas ou endérmicas e cremes (emulsionados ou anidros) para peles alipídicas.[1]

Os principais componentes encontrados em blush inclui uma base em pó e aglutinante. Os componentes da base em pó inclui fillers a base e minerais como o talco (silicato de magnésio), mica (um silicato de magnésio e alumínio), sericita (um tipo de mica hidratada) e caulinita ou caulim. O talco é o filler mais popular e tende a ser transparente dependendo do tamanho de suas partículas e tem textura suave ao toque. As fórmulas modernas raramente contém o caulim e tendem a ter uma textura grossa com propriedade de absorver muito óleo. Os aglutinantes secos são adicionados para permitir ao pó serem comprimidos e reter forma, estes inclui saponáceos metálicos como estearato de zinco ou estearato de magnésio e materiais polimerizantes como polietileno.[3]

Referências

  1. a b c Aparecida, S.A.P. et al, Estudo sobre cosméticos faciais relacionados à maquilagem, p. 4
  2. Duda Molinos. Maquiagem. Senac; 2010. ISBN 978-85-7359-947-3. p. 65.
  3. a b John Toedt; Darrell Koza; Kathleen Van Cleef-Toedt. Chemical Composition of Everyday Products. Greenwood Publishing Group; 2005. ISBN 978-0-313-32579-3. p. 25.
  4. Morag Martin. Selling Beauty: Cosmetics, Commerce, and French Society, 1750–1830. JHU Press; 18 August 2009. ISBN 978-0-8018-9309-4. p. 24.
  5. The Toilette of Health, Beauty, and Fashion. Allen and Ticknor; 1834. p. 89.