Caçadas de Pedrinho

Caçadas de Pedrinho é um livro infantil escrito por Monteiro Lobato e publicado em 1933.

Caçadas de Pedrinho
Autor(es) Monteiro Lobato
Idioma Português
País  Brasil
Assunto sitio do pica pau amarelo
Gênero livro infantil
Série Sítio do Picapau Amarelo
Linha temporal video
Localização espacial sitio
Lançamento 1933

Sinopse editar

O livro relata uma descoberta do Marquês de Rabicó: uma onça anda rondando as proximidades do Sítio do Picapau Amarelo. Pedrinho e Narizinho decidem então organizar uma expedição para caçar a fera, mas sem avisar Dona Benta ou Tia Nastácia, que com certeza se oporiam à aventura. Após a caçada da onça, eles encontram Quindim, um rinoceronte falante, e decidem trazê-lo para morar no sítio. Nesta aventura também somos apresentados a menina Cléo, personagem inspirada na filha de um amigo e sócio de Monteiro Lobato. Caçadas de Pedrinho teve origem no livro A Caçada da Onça, escrito em 1924 por Monteiro Lobato. Mais tarde o autor resolveu ampliar a história com o nome que conhecemos hoje.

O capítulo "O assalto das onças" indica que a história de passa antes do conto Cara de Coruja,[1] enquanto o capítulo "Emília vende o rinoceronte" indica que se passa após o conto "Pó de Pirlimpimpim", de Reinações de Narizinho.[2]

Capítulos editar

  1. E era onça mesmo!
  2. A volta para casa
  3. Os habitantes da mata se assustam
  4. Os espiões da Emília
  5. A defesa estratégica
  6. Aparece uma nova menina
  7. O assalto das onças
  8. Os negócios da Emília
  9. Emília vende o rinoceronte
  10. O Rio de Janeiro é avisado
  11. Inaugura-se a linha
  12. Rinoceronte familiar

Personagens editar

  • Pedrinho
  • Rabicó
  • Visconde de Sabugosa
  • Emília
  • Narizinho
  • Quindim

Controvérsias editar

Acusações de Racismo editar

No final de outubro de 2014, o Conselho Nacional de Educação (CNE) publicou um parecer sugerindo a exclusão do livro das escolas públicas - sob a alegação de que a obra trazia conteúdo discriminatório.[3] Uma ação foi apresentado no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo Instituto de Advocacia Racial. A instituição alega que o livro tem "estereótipos fortemente carregados de elementos racistas" e pede que sejam adicionadas na obra notas para sobre estudos “que discutam a presença de estereótipos raciais na literatura”, tendo sido rejeitado pelo Supremo Tribunal Federal o mandado de segurança que pedia para incluir notas explicativas sobre racismo no livro.[4] Por outro lado, a pesquisadora da USP, Vanete Santana-Dezmann, em artigo de 2021, abordou o uso do termo "macaco" no livro e explica que Lobato usa, ao se referir a diversos personagens, o termo como um recurso ao se referir à destreza física dos mesmos, não como um ataque descriminatório.[5]

Leitura adicional editar

Referências

  1. Caçadas de Pedrinho 3 ed. [S.l.]: Globo. 2009. p. 41. ISBN 978-85-250-4804-2 
  2. Caçadas de Pedrinho 3 ed. [S.l.]: Globo. 2009. p. 52. ISBN 978-85-250-4804-2 
  3. «A representação do negro em "Caçadas de Pedrinho" de Monteiro Lobato». Novembro de 2014. Consultado em 18 de julho de 2014 
  4. «Ministro do STF rejeita incluir nota sobre racismo em livro de Lobato». G1. 23 de Dezembro de 2014. Consultado em 18 de Julho de 2015 
  5. Santana-Dezmann, Vanete (2021). «Contradições em análises da obra infantil de Monteiro Lobato» (PDF). In: Santana-Dezmann, Vanete; Milton, John; D'Onofrio, Silvio Tamaso. Para Compreender Monteiro Lobato. II Jornada Monteiro Lobato. Alemanha: Oxalá Editora. p. 122. ISBN 9783946277583 
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