Cagnes-sur-Mer

comuna francesa

Cagnes-sur-Mer ou Canha de Mar é uma comuna do sudeste de França no departamento dos Alpes Marítimos. Está situada na costa mediterrânea entre Saint-Laurent-du-Var e Villeneuve-Loubet.

Cagnes-sur-Mer
Canha de Mar
  Comuna francesa França  
Símbolos
Bandeira de Cagnes-sur-Mer Canha de Mar
Bandeira
Brasão de armas de Cagnes-sur-Mer Canha de Mar
Brasão de armas
Localização
Cagnes-sur-Mer Canha de Mar está localizado em: França
Cagnes-sur-Mer
Canha de Mar
Coordenadas 43° 39' 52" N 7° 08' 56" E
País  França
Região Provença-Alpes-Costa Azul
Departamento Alpes Marítimos
Subdivisão Grasse
Administração
Prefeito Louis Nègre (2008–2014)
Características geográficas
Área total 17,95 km²
População total (2018) [1] 51 895 hab.
Densidade 2 891,1 hab./km²
Altitude máxima 187 m
Altitude mínima 0 m
Código Postal 06800
Código INSEE 06027

Geografia editar

Ela se estende ao longo de uma enseada que oferece cerca de 4 quilómetros de praia e está rodeada de colinas, entre as quais a que alberga o castelo que atinge os 90 metros de altitude. Atravessam a cidade dois rios: la Cagne e o Malvan.

Compreeende um velho burgo medieval empoleirado sobre um a colina dominada pelo castelo, uma cidade moderna ao pé e uma aldeia de pescadores, chamada Le Cros de Cagnes, na orla marítima.

O nome Cagnes e geralmente explicado pelo nome latino Cannius. Pode-se também encarar a sua origem pré-indoeuropeia kan (= altura), o que corresponde à situação da vila medieval .

História editar

Vila celto-ligúrica desenvolvida a partir de um ópido galo-romano, Cagnes-sur-Mer transformou-se no século XI num burgo medieval. Devido à sua proximidade com o rio Var que serve de fronteira entre o Condado da Provença e o da Saboia, tornou-se em 1388 num posto fronteiriço importante. Depois de ter sofrido numerosos conflitos fronteiriços no século XVI, o pequeno burgo conheceu um período calmo sob o reinado de Luís XIII antes de sofrer novas invasões durante os reinados de Luís XIV e Luís XV.

A história da cidade está intimamente ligada à do castelo, construído em Le Haut de Cagnes. Com efeito, foi em 1309 que Rainier Grimaldi, soberano do Mónaco, tornou-se senhor de de Cagnes-sur-Mer. Ele fez edificar o Château Grimaldi que se tornou propriedade da família Grimaldi até à Revolução Francesa, em 1789. Em 1620, o barão Jean-Henri Grimaldi, sob a protecção de Luís XIII e de Richelieu, transforma o castelo medieval numa residência confortável, onde pairava uma vida faustosa. Mas na época da Revolução Francesa, a família Grimaldi é expulsa do castelo. O castelo é deixado ao abandono até que um proprietário o adquiriu e restaurou em 1875.

Le Cros de Cagnes: no fim do século XVIII, pescadores oriundos de Menton duas vezes lançaram as suas redes sobre as águas de Cagnes-sur-Mer. Estas últimas foram tão piscosas que eles decidiram instalar-se definitivamente sobre as suas costas, na altura pantanosas, juntando-se depressa aos habitantes de Cagnes que abandonavam as actividades agrícolas. A pequena vila não cessou de prosperar graças à pesca, tendo atingindo o seu apogeu no princípio do século XX, com uma frota de mais de uma centena de «pointus» (nome dado aos barcos de pesca locais).

Administração editar

Lista dos Presidentes de Câmara
Período Nome Partido Qualidade
1900-1912 Hippolyte Guis
1912-1919 Ferdinand Deconchy
1919 Hippolyte Guis
1919-1925 Joseph Maurel
1925-1935 Julien Pasqualini
1935-1944 Hippolyte Vial
1944-1953 Louis Negro
1953-1956 Hippolyte Vial
1956-1959 Louis Negro
1959-1961 Édouard Robion
1961-1983 Pierre Sauvaigo
1983-1984 Jean-Raimond Giacosa
1984-1995 Suzanne Sauvaigo
1995 - Louis Nègre UMP
Os dados anteriores ainda não são conhecidos.

Lugar de referência : MairesGenWeb - Base de dados dos Presidentes de Câmara Franceses

Demografia editar

Evolução demográfica
1962 1968 1975 1982 1990 1999
22 110 29 538 35 214 40 902 43 942
Números retidos desde 1968 :

Lugares e monumentos editar

  • O castelo-museu Grimaldi : foi adquirido pelo município em 1939; o castelo transformou-se em museu em 1946. Este castelo-museu tem no seu seio um fresco, (afresco no Brasil), que representa a queda de Faetonte, realizado em 1620 por Giulio Benso Pietra. O castelo abriga um museu etnográfico da oliveira, a doação Suzy Solidor, compreende quarenta retratos da cantora rproduzidos por grandes nomes da pintura dos inícios do século XX. Existe ainda um museu de arte mediterrânica. Todos os verões, o castelo propõe igualmente exposições temporárias no quadro do seu Festival Internacioanl de Pintura.
  • O domínio Renoir : foi em 1903 que o pintor francês Pierre-Auguste Renoir comprou uma propriedade no bairro Des Collettes, onde ele viveu até a sua morte 1919. Hoje transformada em museu, o seu dono proporciona a visita ao ateliê de pintura, quadros do período nacarado de (1889 a 1919), sepulturas, litografias e estudos preparatórios.

É de salientar que numerosos artistas como Pierre-Auguste Renoir, Chaïm Soutine, Raoul Dufy, Léonard-Tsuguharu Foujita, Victor Vasarely, Moïse Kisling, Yves Brayer, Mouloudji, Georges Simenon, George Ulmer… residiram e trabalharam em Cagnes-sur-Mer, apelidada até à década de 1960 a « Montmartre da Côte d'Azur ».

Geminações editar

Cagnes-sur-Mer está geminada com a cidade alemã de Passau desde 1973. Todos os anos, numerosos alunos de Cagnes-sur-Mer efectuam trocas com jovens da cidade alemã no quadro escolar.

Referências

  1. «Populations légales 2018. Recensement de la population Régions, départements, arrondissements, cantons et communes». www.insee.fr (em francês). INSEE. 28 de dezembro de 2020. Consultado em 13 de abril de 2021 

Ligações externas editar


 
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