Caio Aurélio Cota (cônsul em 252 a.C.)

 Nota: Para outros significados, veja Caio Aurélio Cota.

Caio Aurélio Cota (em latim: Caius Aurelius Cotta) foi um político da gente Aurélia da República Romana eleito cônsul por duas vezes, em 252 e 248 a.C., com Públio Servílio Gêmino nas duas vezes.

Caio Aurélio Cota
Cônsul da República Romana
Consulado 252 a.C.
248 a.C.

Primeiro consulado (252 a.C.) editar

 
Teatro de operações da Primeira Guerra Púnica entre 253 e 251 a.C..
  Território siracusano
  Território cartaginês
  Territórios romanos
1. Ataque naval e recuo dos romanos em Lilibeu (253 a.C.).
2. Romanos atacam a costa africana. Frota romana destruída por uma tempestade (253 a.C.).
3. Romanos finalmente tomam as ilhas Líparas (252 a.C.).
4. Romanos tomam Hímera (Thermae) (c. 252 a.C.).
5. Ieta, Solous e Petra firmam a paz com Roma (251 a.C.).
6. Tíndaris firma a paz com Roma (251 a.C.).
7. Romanos atacam e capturam Kephalodon e Panormo (251 a.C.).
8. Tentativa cartaginesa de recapturar Panormo repelida (251 a.C.).

Foi eleito cônsul com Públio Servílio Gêmino em 252 a.C., o décimo-terceiro ano da Primeira Guerra Púnica. Os dois cônsules foram enviados à Sicília para continuar as operações militares contra os cartagineses. Eles conseguiram conquistar algumas cidades, incluindo Hímera, apesar de a população ter sido evacuada antes da conquista. Logo depois, Cota recebeu o comando de alguns navios de Hierão II de Siracusa, aliado de Roma, e depois de reforçar com eles a frota romana, seguiu para as ilhas Líparas. Neste ponto, delegou o comando ao seu tribuno, Quinto Cássio, com a missão de preparar o bloqueio naval das ilhas, com ordens de não dar combate aos cartagineses que controlavam a ilha. Cássio, porém, contrariando as ordens do cônsul, atacou as ilhas e foi repelido com pesadas perdas. Sabendo da derrota, Cota foi imediatamente para as ilhas, retomou o comando e cercou a fortaleza inimiga, que se rendeu. Cota mandou executar todos os prisioneiros e civis e depois removeu todos os cargos de Cássio.[1]

Segundo consulado (248 a.C.) editar

 
Teatro de operações da Primeira Guerra Púnica entre 248 e 241 a.C..
  Território siracusano
  Território cartaginês
  Territórios romanos
1. Amílcar Barca apóia Drépano, que esta sitiada, e saqueia a costa italiana.
2. Amílcar desembarca em monte Ercte.
3. Amílcar muda sua base de monte Ercte para Érice (Eryx).
4. Vitória naval romana nas ilhas Égadas e queda de Drépano. Cartago pede a paz (241 a.C.).

Foi eleito novamente com Públio Servílio Gêmnio em 248 a.C., o décimo-sétimo ano da Primeira Guerra Púnica. Mais uma vez, os dois cônsules seguiram para a Sicília e cercaram Lilibeu e Drépano enquanto os cartagineses liderados por Cartalão tentavam uma campanha ao longo da costa italiana com o objetivo de evitar que mais tropas fossem enviadas ao front siciliano.

Censor (241 a.C.) editar

Foi eleito censor em 241 a.C. com Marco Fábio Buteão.[2] Durante seu mandato, foi construída a Via Aurélia, que ligava Roma à cidade de Pisae.[3] Cota já tinha experiência na construção de estradas e já havia supervisionado a construção de uma estrada militar na Sicília durante seu consulado, em 252 a.C., que ligava Agrigento a Panormo.[4]

Mestre da cavalaria (231 a.C.) editar

Foi escolhido mestre da cavalaria (magister equitum) por Caio Duílio, nomeado ditador comitiorum habendorum causa em 231 a.C.[5] com o objetivo de realizar a Assembleia das centúrias para eleição dos novos cônsules.

Árvore genealógica editar

Ver também editar

Cônsul da República Romana
 
Precedido por:
Cneu Servílio Cepião

com Caio Semprônio Bleso

Caio Aurélio Cota
252 a.C.

com Públio Servílio Gêmino

Sucedido por:
Lúcio Cecílio Metelo

com Caio Fúrio Pácilo

Precedido por:
Públio Cláudio Pulcro II

com Lúcio Júnio Pulo

Caio Aurélio Cota II
248 a.C.

com Públio Servílio Gêmino II

Sucedido por:
Lúcio Cecílio Metelo II

com Numério Fábio Buteão

Referências

  1. Zonaras, Epitome historiarum, VIII, 14.
  2. Fastos Capitolinos [online]
  3. Hornblower, Simon, & Antony Spawforth. The Oxford Classical Dictionary. 3rd ed. Oxford: Oxford University Press, 1996.
  4. The Cambridge Ancient History. [New] ed. London: Cambridge University Press, 1970. Volume 7, p. 548 & 643
  5. Fastos Capitolinos online

Bibliografia editar