Carlo Rezzonico (cardeal)

 Nota: Para o cardeal Carlo Rezzonico, sênior, veja Papa Clemente XIII.


Carlo Rezzonico[1] (25 de abril de 172426 de janeiro de 1799) foi um cardeal italiano, bispo de Porto e Santa Rufina e Carmelengo da Câmara Apostólica

Carlo Rezzonico
Cardeal da Santa Igreja Romana
Carmelengo da Câmara Apostólica
Info/Prelado da Igreja Católica

Título

Cardeal-bispo de Porto e Santa Rufina
Cardeal-presbítero de São Marcos
Atividade eclesiástica
Diocese Diocese de Roma
Eleição 24 de janeiro de 1763
Predecessor Girolamo Cardeal Colonna di Sciarra
Sucessor Romoaldo Cardeal Braschi-Onesti
Mandato 1763 - 1799
Ordenação e nomeação
Ordenação presbiteral 1748 (?)
Ordenação episcopal 21 de março de 1773
Cardinalato
Criação 11 de setembro de 1758 (in pectore)
2 de outubro de 1758 (Publicado)

por Papa Clemente XIII
Ordem Cardeal-presbítero (1758-1773)
Cardeal-bispo (1773-1799)
Título São Lourenço em Dâmaso (1758-1763)
São Clemente (1763-1772)
São Marcos (1772-1773)
Sabina-Poggio Mirteto (1773-1776)
Porto-Santa Rufina (1776-1779)
Brasão
Dados pessoais
Nascimento Veneza
25 de abril de 1724
Morte Estados Papais Roma
26 de janeiro de 1799 (74 anos)
Progenitores Mãe: Anna Giustiniani
Pai: Aurélio Rezzonico
dados em catholic-hierarchy.org
Cardeais
Categoria:Hierarquia católica
Projeto Catolicismo

Biografia editar

De uma família patrícia. Segundo dos cinco filhos de Aurélio Rezzonico e Anna Giustiniani, era irmão do Cardeal Giovanni Battista Rezzonico (1770). Os outros três irmãos foram Quintilia, Lodovico e Abbondio. Era sobrinho e homônimo do Papa Clemente XIII.[2]

Vida religiosa editar

Ordenado por seu tio Carlo Rezzonico, bispo de Pádua, futuro cardeal e papa, provavelmente em 1748. Foi prelado doméstico do Papa Bento XIV. Protonotário apostólico numerário participante, em 3 de março de 1748. Referendário dos Tribunais da Assinatura Apostólica da Justiça e da Graça, em 2 de maio de 1748. Membro da Sagrada Congregação do Conselho Tridentino. Foi vigário de seu tio, o cardeal da igreja titular de San Marco. Presidente da Câmara Apostólica, em 30 de setembro de 1751. Clérigo da Câmara Apostólica, em julho de 1753 a 1758. Abade in commendam dos mosteiros de S. Zeno, Verona e S. Maria, Lunaga, em agosto de 1758.[2]

Cardinalato editar

Criado cardeal e reservado in pectore no consistório de 11 de setembro de 1758, teve seu nome publicado no consistório de 2 de outubro. Recebeu o barrete cardinalício em 5 de outubro e o título de São Lourenço em Dâmaso em 22 de novembro de 1758. Dessa forma, tornou-se Vice-chanceler da Santa Igreja Romana, até 24 de janeiro de 1763 quando é nomeado Camerlengo da Santa Igreja Romana, cargo que exerce até a sua morte, e como tal, Magno Chanceler da Universidade de Roma "La Sapienza". Passou para o título de São Clemente, em 24 de janeiro de 1763. Abade comendatario de Grottaferrata. Passa para o título de São Marcos, em 14 de dezembro de 1772.[2][3]

Episcopado editar

Optou pela ordem dos cardeais-bispos e pela sé suburbicária de Sabina, em 15 de março de 1773, mantendo in commendam o título que fora de seu tio. Consagrado bispo em 21 de março, na Basílica de São Marcos, em Roma, pelo cardeal Gian Francesco Albani, assistido por Giuseppe Contesini, arcebispo-titular de Atenas e por Orazio Mattei, arcebispo-titular de Rodes.[2][3]

Optou pela sé suburbicária de Porto e Santa Rufina, em 29 de janeiro de 1776, tornando-se vice-decano. É nomeado arcipreste da Basílica Patriarcal de Latrão de 1780 até janeiro de 1781.[2][3] Foi membro de doze congregações da Cúria Romana. Protetor de várias Ordens, entre as quais da Ordem Suprema Militar do Templo de Jerusalém, da Ordem dos Mínimos de São Francisco de Paula, entre outras. Por causa de sua saúde ruim, ele foi o único cardeal a quem foi autorizado a estadia em Roma, quando os franceses invadiram a cidade em 1798.[2]

Morreu em 26 de janeiro de 1799, após sofrer de uma doença muito dolorosa (languore) que o manteve de cama por dois anos. O corpo, vestido com paramentos episcopais e cardinalícios e acompanhado pelo clero, foi levado para ser exposto na igreja de San Marco, onde o funeral dos cânones ocorreu porque as autoridades francesas proibiram a celebração de um funeral cardinalício, e foi enterrado na capela do Beato Gregorio Barbarigo, de sua família, na mesma igreja. Seu irmão, o príncipe Abbondio, ergueu um monumento de mármore em sua memória na capela do Presépio na Basílica Patriarcal de São João Latrão. O monumento foi projetado por Antonio Canova e executado por Antonio d'Este; a inscrição foi composta por Stefano Antonio Morcelli.[2]

Conclaves editar

Referências

  1. Por vezes, chamado de Carlo Rezzonico júnior, para diferenciá-lo de seu tio, Papa Clemente XIII.
  2. a b c d e f g The Cardinals of the Holy Roman Church
  3. a b c Catholic Hierarchy

Bibliografia editar

  • Ritzler, Remigium e Pirminum Sefrin (1968). Hierarchia Catholica Medii et Recientoris Aevi (em latim). IV. Patavii: Typis et Sumptibus Domus Editorialis "Il Messaggero di S. Antonio" apud Basilicam S. Antonii 

Ligações externas editar

 
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Precedido por:
Alberico Archinto
 
Cardeal-padre de São Lourenço em Dâmaso

Sucedido por:
Henrique Benedito Stuart
 
Chanceler da Chancelaria Apostólica

17581763
Precedido por
Gian Francesco Albani
 
Cardeal-padre de São Clemente

17591760
Sucedido por
Francesco Carafa della Spina
Precedido por
Girolamo Colonna di Sciarra
 
Camerlengo

17631799
Sucedido por
Romoaldo Braschi-Onesti
Precedido por
Antonio Maria Priuli
 
Cardeal-padre de São Marcos

17721773
in commendam até 1799
Sucedido por
Ludovico Flangini Giovanelli
Precedido por:
Gian Francesco Albani
 
Cardeal-bispo de Sabina

17731776
Sucedido por:
Andrea Corsini
 
Cardeal-bispo de Porto e Santa Rufina

17761799
Sucedido por:
Leonardo Antonelli
Precedido por
Mario Marefoschi Compagnoni
 
Arcipreste da Basílica de São João de Latrão

17801781
Sucedido por
Francesco Saverio De Zelada