Carlos Germano

futebolista brasileiro

Carlos Germano Schwambach Neto (Domingos Martins, 14 de agosto de 1970) é um ex-futebolista brasileiro, tendo atuado na posição de goleiro.

Carlos Germano
Carlos Germano
Germano pelo Vasco Em 1998
Informações pessoais
Nome completo Carlos Germano Schwambach Neto
Data de nascimento 14 de agosto de 1970 (53 anos)
Local de nascimento Domingos Martins (ES), Brasil
Nacionalidade brasileiro
Altura 1,92 m
Canhoto
Informações profissionais
Clube atual Aposentado
Posição Goleiro
Clubes de juventude
1985–1990 Vasco da Gama
Clubes profissionais1
Anos Clubes Jogos e gol(o)s
1990–1999
2000–2002
2001
2002
2002
2003
2004
2004
2005
2005
Vasco da Gama
Santos
Portuguesa (emp.)
Internacional
Botafogo
Paysandu
America-RJ
Vasco da Gama
Madureira
Penafiel
00632 0000(0)
00027 0000(0)
00020 0000(0)
00000 0000(0)
00024 0000(0)
00023 0000(0)
00000 0000(0)
00000 0000(0)
00000 0000(0)
00000 0000(0)
Seleção nacional
1993–2001 Brasil 00009 0000(0)


1 Partidas e gols pelos clubes profissionais
contam apenas partidas das ligas nacionais.
Atualizadas até 2 de janeiro de 2011.


Após encerrar sua carreira de jogador, seguiu a carreira no futebol como treinador de goleiros e depois foi convidado para ser auxiliar técnico do Barcelona. Germano já foi treinador de goleiros no Club de Regatas Vasco da Gama.

Atualmente é subsecretário de Formação e Rendimentos na Secretária de Esporte e Lazer (Sesport) do Governo do Estado do Espírito Santo.

Carreira editar

Como goleiro editar

Goleiro seguro e de bastante regularidade, Carlos Germano foi revelado pelo Vasco da Gama, onde esteve no time profissional do clube de 1990 a 1999, tendo atuações destacadas no Campeonato Brasileiro de 1997, quando o clube cruzmaltino conquistou o tricampeonato e o jogador foi eleito o melhor goleiro da competição, ganhando a Bola de Prata[1]. Ainda pelo Vasco da Gama, foi o segundo jogador a vestir a camisa cruzmaltina mais vezes, em 632 jogos.[2]

Começou no Infantil do próprio Vasco, em 1985. Passou a jogar nos profissionais em 1990 e ganhou a vaga de titular no Estadual de 1991. Foi defendendo o Vasco da Gama que atingiu a marca de 933 minutos sem sofrer gols, entre 24 de novembro de 1991 e 27 de setembro de 1992, ficando em 65º na lista da IFFHS.[3] No Brasileiro de 1992,[4] cedeu lugar a Régis porque foi convocado para a Seleção Pré-Olímpica.

Após nove anos pelo Vasco da Gama, Carlos Germano deixou o clube por causa de um desentendimento com a diretoria do clube na hora da renovação do contrato.[5] O clube estava próximo de disputar o Campeonato Mundial de Clubes e o goleiro acabou ficando de fora da competição (embora já estivesse inscrito).

Não foi a primeira vez que Carlos Germano teve problemas para renovar o seu contrato. Antes do início do Campeonato Brasileiro de 1997, o jogador e a diretoria ficaram presos num impasse. Isso fez com que Carlos Germano não disputasse os primeiros jogos da campanha do título nacional. Na época o Flamengo surgiu como interessado na contratação do goleiro e o seu presidente Kléber Leite fez o depósito judicial na FERJ e tentou convencer Carlos Germano a assinar pelo rival. O jogador não aceitou a proposta e pouco tempo depois renovou o contrato com o Vasco da Gama.[2] Mais tarde, no final da carreira, comentando sobre aquela possibilidade de jogar pelo rubro-negro, o goleiro foi taxativo:

Em 2000, enquanto o Vasco da Gama disputava o Campeonato Mundial, Carlos Germano, que já não era jogador do clube, acertou com o Santos,[7] onde ficou por um ano.

No início de 2001, o jogador transferiu-se para a Portuguesa de Desportos[8] para mais um contrato de um ano por empréstimo.[9]

Contratado em 2002 pelo Internacional, Carlos Germano deixou a equipe gaúcha sem disputar nenhuma partida. O goleiro permaneceu no clube, treinando, por mais de duas semanas, mas não conseguiu sua liberação na Justiça do Trabalho nem acordo com o Santos, detentor de seus direitos federativos. Em virtude da lesão do titular João Gabriel e da necessidade de um outro goleiro, a direção do Internacional acabou acertando a contratação do goleiro Clemer, reserva do Flamengo, e desistindo de Carlos Germano.

Em 2002, voltou ao Rio de Janeiro, agora para jogar pelo Botafogo.[10][11] A passagem foi inglória e o Botafogo foi rebaixado para a Série B, mesmo assim Germano se destacou como um dos poucos jogadores que se salvaram daquela campanha desastrosa. Apesar da diretoria querer prorrogar o contrato de seis meses e manter o jogador por mais tempo, isso acabou não acontecendo pois as negociações para a renovação arrastaram-se por meses e Carlos Germano acabou aceitando uma proposta do Paysandu,[12] onde voltou a trabalhar com o zagueiro Tinho, seu antigo companheiro de equipe no Vasco da Gama.

Após um ano pelo clube de Belém, Carlos Germano voltou mais uma vez ao Rio de Janeiro. O jogador aceitou disputar o Campeonato Carioca pelo rubro carioca. Porém, no mesmo ano, surgiu a oportunidade de regressar ao clube que o revelou, o Vasco da Gama. Carlos Germano assinou então um contrato para a disputa do Campeonato Brasileiro pelo clube da colina. Entretanto esta passagem pelo Vasco da Gama foi muito mais curta do que a primeira e no fim de seis meses o goleiro mudou de clube mais uma vez, agora seguindo para o Madureira.

Em 2005, o goleiro teve a oportunidade de defender um clube estrangeiro quando assinou o Penafiel de Portugal. O goleiro tinha um contrato até a o fim da temporada de 2006, porém o mesmo foi rescindido no fim de 2005[13] e Carlos Germano regressou ao Brasil.

Como preparador de goleiros editar

Sem nenhuma oferta para continuar a carreira de goleiro, Carlos Germano treinou por alguns meses no Vasco da Gama para manter a forma.[14] Em 2007, ele formou-se como técnico de futebol e surgiu uma proposta do Joinville Esporte Clube para exercer a função de treinador de goleiros na temporada de 2008.[15] Carlos Germano encerrava oficialmente a carreira de 17 anos como goleiro e iniciava uma nova carreira, agora como treinador de goleiros.

Na mesma temporada regressou ao Vasco, assumindo o cargo de treinador de goleiros.[16]

Após 6 anos no Vasco trabalhando no cargo de treinador de goleiros, Carlos Germano deixa o clube, após a mudança de diretoria.[17]

Seleção Brasileira editar

Pela Seleção Nacional do Brasil, Carlos Germano foi sempre convocado nas categorias inferiores. Conquistou em 1988 o Campeonato Sul-Americano de Sub-20, pela seleção da categoria. Também foi Campeão do Torneio de Verão, em 1990.

Teve sete convocações para a Seleção Brasileira principal, sendo a primeira, em 1993, por Carlos Alberto Parreira. Disputou 9 jogos, foi campeão da Copa América de 1997 e esteve presente na disputa da Copa do Mundo de 1998, como reserva imediato de Taffarel, quando a seleção terminou em segundo lugar.

Política editar

Na eleições municipais de 2012, Germano concorreu a vereador da cidade de Cachoeiras de Macacu pelo PMDB, porém não foi eleito.[18]

Vida pessoal editar

Pertence à extensa família de origem alemã há muito estabelecida no estado do Espírito Santo.[19]

Títulos editar

Vasco da Gama
Seleção Brasileira

Conquistas pessoais editar

Títulos como treinador de goleiros editar

Vasco da Gama

Referências

  1. Abril, Editora (janeiro de 1998). Placar Magazine. [S.l.]: Editora Abril 
  2. a b «ACHEI! Germano: 'Falta jogo de despedida'». 20 de novembro de 2007. Consultado em 27 de dezembro de 2007 
  3. «The World's 390 Top Division Goalkeeper of all time with the longest Time without conceding a Goal». 30 de janeiro de 2008. Consultado em 7 de fevereiro de 2008 
  4. Abril, Editora (fevereiro de 1992). Placar Magazine. [S.l.]: Editora Abril 
  5. «Ex-Vasco, Carlos Germano procura um clube». Universo Online. 14 de Novembro de 2006. Consultado em 27 de Dezembro de 2007 
  6. «Netvasco: Ídolo vascaíno Carlos Germano conta como esnobou o Flamengo em 1997». Netvasco.com.br. Consultado em 1 de agosto de 2008 
  7. Abril, Editora (fevereiro de 2000). Placar Magazine. [S.l.]: Editora Abril 
  8. Abril, Editora (15 de janeiro de 2002). Placar Magazine. [S.l.]: Editora Abril 
  9. Abril, Editora (18 de dezembro de 2001). Placar Magazine. [S.l.]: Editora Abril 
  10. «Carlos Germano acerta com o Botafogo». Globoesporte.globo.com. 25 de Junho de 2002. Consultado em 27 de Dezembro de 2007 
  11. Abril, Editora (agosto de 2002). Placar Magazine. [S.l.]: Editora Abril 
  12. «Paysandu contrata goleiro Carlos Germano». Globoesporte.globo.com. 21 de Abril de 2003. Consultado em 27 de Dezembro de 2007 
  13. «Carlos Germano rescinde contrato com Penafiel». Globoesporte.globo.com. 17 de Dezembro de 2005. Consultado em 27 de Dezembro de 2007 
  14. «Goleiro mantém a sua forma no Vasco». Necnet.net. 9 de Fevereiro de 2006. Consultado em 27 de Dezembro de 2007 
  15. «Carlos Germano é anunciado como preparador de goleiros do Joinville». Supervasco.com. 6 de Dezembro de 2007. Consultado em 27 de Dezembro de 2007 
  16. Marcio Iannacca (7 de Agosto de 2008). «Carlos Germano volta ao Vasco». Supervasco.com. Consultado em 10 de Agosto de 2008 
  17. Carlos Germano deixa cargo de treinador de goleiros do Vasco após seis anos
  18. UOL Apuração 1o.turno
  19. «OS PRIMEIROS SCHWAMBACH NO ESPÍRITO SANTO - COLÔNIAS DE SANTA ISABEL E DE SANTA LEOPOLDINA - E SEUS DESCENDENTES». Família Schwambach. Consultado em 2 de agosto de 2023 

Ligações externas editar