Cayetano Ripoll

professor espanhol

Cayetano Ripoll (Solsona, 1778Valência, 31 de julho de 1826 [1]) foi um professor espanhol. Acusado de não acreditar nos dogmas católicos, foi condenado à morte por heresia e executado em Valência, pela forca. Foi a última vítima da Inquisição espanhola.[2]

Cayetano Ripoll
Cayetano Ripoll
Placa d'homenatge a València
Nascimento 22 de janeiro de 1778
Solsona
Morte 31 de julho de 1826
Valência
Cidadania Espanha
Ocupação professor
Causa da morte forca

Ripoll tinha lutado contra os franceses na Guerra da Independência; foi capturado e levado para a França, onde sua relação com um grupo francês de quakers, que o acolheu, resultou na sua conversão ao deísmo. Voltando à Espanha, foi denunciado por não levar os seus alunos à missa e por substituir a expressão "Ave Maria" por "Louvado seja Deus", em orações na escola.

Em 1824 ele foi preso e julgado, e depois de esperar por dois anos foi condenado à forca. A fogueira, principal forma de execução usada na história da Inquisição, neste caso foi apenas simbólica: sob a forca, foi colocado um barril com chamas pintadas. O enforcamento, no entanto, foi real. Os restos mortais de Ripoll foram depositados no tambor e queimados no crematório antigo da Inquisição, perto da ponte de San Jose, sobre o antigo leito do rio Turia.

Ripoll foi a última vítima do poder da Inquisição na Espanha, já na sua fase de declínio, três séculos e meio após a sua instituição pelos reis Fernando II de Aragão e Isabel I de Castela, a pedido do papado.[3]

Em 15 de julho de 1834 foi promulgado um decreto que aboliu definitivamente o Tribunal da Santa Inquisição e todas as suas propriedades foram destinadas à extinção da dívida pública e ao pagamento dos salários justos dos antigos funcionários.

Referências

Ver também editar

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