Cegonha-de-barriga-branca

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Ciconia abdimii, conhecida como cegonha-de-barriga-branca[1] é uma ave da família Ciconiidae. São aves migratórias que voam para norte aproveitando as chuvas de Primavera. Voam sempre em grupo com o mínimo de 10 cegonhas e por vezes chegando aos milhares. Têm uma esperança média de vida de 20 anos e sua maturidade é aos 4-5 anos.

Como ler uma infocaixa de taxonomiacegonha-de-barriga-branca

Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante (IUCN 3.1)
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Ciconiiformes
Família: Ciconiidae
Género: Ciconia
Espécie: C. abdimii
Nome binomial
Ciconia abdimii
(Lichtenstein, 1823)

Descrição editar

A cegonha-de-barriga-branca é uma ave de porte médio com cerca de 80 centímetros e com peso de aproximadamente 1.3 quilos. Tem o corpo todo preto excepto a parte do peito que é branco que se alonga até às bordas superiores das asas. A parte da cabeça é azul com uma mancha vermelha perto dos olhos. Tem um bico longo de cor rosa-cinza e as patas são compridas e são vermelhas ou rosa.

Criação editar

A fêmea coloca entre 2 a 3 ovos por ninhada. Fazem ninhos grandes nas árvores, em penhascos e até em cima dos telhados das casas de aldeias. Esses mesmos ninhos são usados de ano a ano mas não necessariamente pelo mesmo par de cegonhas. Os pais alternadamente incubam e alimentam os filhotes após chocarem .

Estado editar

Esta ave está livre de perigo da mão humana ou de perda de habitat apesar de algumas pessoas caçarem esta ave. Muitos até gostam desta ave por haver uma crença que as mesmas trazem as chuvas para terras secas.

Alimentação editar

A fonte alimentação desta ave são insetos como gafanhotos ou grilos, ratos, escorpiões, lagartos, sapos, pequenos peixes e por vezes pequenas aves. Caçam normalmente em bando quando há um grande enxame de gafanhotos.

Habitat editar

Estas aves vivem no leste do continente africano desda a Etiópia à África do Sul. Encontram-se em pastos, bosques, savanas ou campos abertos e normalmente perto da água.

Referências editar

  • Hancock, J. A.; Kushlan, J. A.; Kahl, M. P. 1992. Storks, ibises and spoonbills of the world. Academic Press, London.
  • Brown, L. H.; Urban, E. K.; Newman, K. 1982. The birds of Africa vol I. Academic Press, London.
  • Coulter, M. C.; Balzano, S.; Johnson, R.; King, C.; Shannon, P. 1989. Conservation and captive management of storks. Stork Interest Group, Unknown.
  • del Hoyo, J.; Elliot, A.; Sargatal, J. 1992. Handbook of the Birds of the World, vol. 1: Ostrich to Ducks. Lynx Edicions, Barcelona, Spain.
  • Harrison, J. A.; Allan, D. G.; Underhill, L. G.; Herremans, M.; Tree, A. J.; Parker, V.; Brown, C. J. 1997. The atlas of southern African birds. BirdLife South Africa, Johannesburg.
  • Nikolaus, G. 2001. Bird exploitation for traditional medicine in Nigeria. Malimbus 23: 45-55.
  • Hockey, P. A. R.; Dean, W. R. J.; Ryan, P. G. 2005. Roberts birds of southern Africa. Trustees of the John Voelcker Bird Book Fund, Cape Town, South Africa.
  • Adjakpa, J. B. 2000. The breeding biology of Abdim's Stork Ciconia abdimii in the far north of Benin. Ostrich 71(1-2): 61-63.
  • Delany, S.; Scott, D. 2006. Waterbird population estimates. Wetlands International, Wageningen, The Netherlands.

Ligações externas editar

 
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Wikispecies
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  1. Paixão, Paulo (Verão de 2021). «Os Nomes Portugueses das Aves de Todo o Mundo» (PDF) 2.ª ed. A Folha — Boletim da língua portuguesa nas instituições europeias. p. 146. ISSN 1830-7809. Consultado em 13 de janeiro de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 23 de abril de 2022