Uma cercária é a forma larval do parasita trematódeo, uma classe de platelmintos. Desenvolve-se dentro das células germinais do esporocisto ou rédia, através de pedogênese.[1] Tem importância sanitária, uma vez que são a fase que permite a penetração do Schistossoma mansoni no hospedeiro vertebrado, como o ser humano, a partir do epitélio, causando esquistossomose.[2][3] Uma cercária tem uma cabeça afunilada e glândulas de penetração, que produzem enzimas.[4] Podem ter ou não uma "cauda", de função natatória, dependendo da espécie.[1] A cercária móvel procura um hospedeiro onde se desenvolverá até a fase adulta, ou se transformará em mesocercária ou metacercária, dependendo da espécie.

Rotíferos produzem um fator químico paralisante, impedindo as cercárias de nadar e suprimindo a infecção por esquistossomos.[5]

Referências

  1. a b «Glossary». VPTH 603 Veterinary Parasitology. University of Pennsylvania School of Veterinary Medicine. Consultado em 22 de maio de 2019. Arquivado do original em 18 de julho de 2011 
  2. «Secretaria Municipal de Saúde - Campinas - SP». www.saude.campinas.sp.gov.br. Consultado em 9 de abril de 2021 
  3. «Biblioteca de Manguinhos». www.fiocruz.br. Consultado em 9 de abril de 2021 
  4. «Schistosoma». Australian Society for Parasitology. Consultado em 19 de fevereiro de 2011 
  5. Gao, Jiarong; Yang, Ning; Lewis, Fred A.; Yau, Peter; Collins, James J.; Sweedler, Jonathan V.; Newmark, Phillip A. (2019). Khosla, Chaitan, ed. «A rotifer-derived paralytic compound prevents transmission of schistosomiasis to a mammalian host». PLOS Biology. 17 (10): e3000485. ISSN 1545-7885. doi:10.1371/journal.pbio.3000485