Cerco de Kenilworth

O Cerco de Kenilworth (Junho - Dezembro de 1266) foi um cerco de seis meses em torno do Castelo de Kenilworth e uma batalha da Segunda Guerra dos Barões. O cerco faz parte da guerra civil inglesa travada de 1264 a 1267 pelas tropas de Simão de Montfort contra as tropas monárquicas lideradas pelo Príncipe Eduardo I (depois Rei Eduardo I da Inglaterra). O cerco foi um dos poucos castelos atacados durante a guerra.[1]

Cerco de Kenilworth
Segunda Guerra dos Barões

Castelo de Kenilworth.
Data Junho-Dezembro de 1266
Local Castelo de Kenilworth, Warwickshire - Inglaterra
Desfecho Vitória Real
Beligerantes
Tropas Baronesas Tropas Reais
Comandantes
Desconhecido Rei Henrique III
Príncipe Edmundo Crouchback
Príncipe Eduardo I
Forças
c.1,200 Desconhecida
Baixas
Pesadas Mínimas

Contexto editar

As tropas de Rei Henrique III derrotaram as tropas de Simão de Montfort na Batalha de Evesham em agosto de 1265. Montfort foi morto durante a batalha e seu filho (também chamado Simão), concordou em se render em Dezembro do mesmo ano, em Northampton. Montfort concordou em render Kenilworth, refúgio das tropas baronesas,[2] e cartas foram enviadas para o castelo convidando-os a se renderem.[3] No entanto, as tropas de Kenilworth rejeitaram os termos duas vezes: primeiro em dezembro de 1265 e de novo em Março de 1266, cortando a mão do enviado do rei Henrique III.[4]

Defesas do castelo editar

A estrutura do Castelo de Kenilworth é única e contribuiu para o longo período de cerco. Possui uma estrutura formidável devido às suas grandes defesas.[5]

A estrutura defensiva mais notável é o fosso na parte sul do castelo, que ao cruzar o leva para uma torre defensiva. Atrás do fosso há uma lago artificial ao longo do lado sul e oeste do castelo, protegendo-o de uma aproximação por terra. Diques ao longo da parte norte e um segundo lago no lado leste, estendem a proteção ao redor do castelo.[5]

O Cerco editar

A ideia de fazer um cerco no castelo surgiu em dezembro de 1265, ocorrendo somente no dia 24 de maio do ano seguinte. Desse ponto em diante, o cerco ocorreu de forma cautelosa. A guarnição do castelo era grande, mais de mil,[6] geralmente estimado em 1,200 homens e preparados para se defender.[7] Do lado de fora do castelo estavam os fiés há monarquia de Henrique III, ao lado de seus filhos Eduardo I e Edmundo. O ataque ao castelo de Kenilworth começou no dia 21 de junho.

As tropas monárquicas usaram todos os dispositivos possíveis. Inúmeras rochas foram atiradas, provavelmente de trabucos, que foram levadas para o cerco, e de "turres ligneas" ou torres de madeira. Um "ursus" também foi construído separadamente para os arqueiros.[8][9]

Barcaças foram enviadas de Chester para tentar um ataque pelo lago, mas não obtiveram sucesso.[10] O tempo, no entanto, foi a única arma que lhe restaram e a paciência finalmente foi retribuída em 13 de dezembro de 1266,[11] com a rendição da guarnição, após ter acabado o estoque de comida do castelo e a doença ter se proliferado entre a população de dentro do castelo. Após a rendição, os termos do Dictum de Kenilworth foram aceitos.[12]

Referências

  1. Prestwich, Michael (1996). Armies and warfare in the Middle Ages: the English experience. New Haven: Yale University Press. pp. 297.
  2. Oxford Dictionary of World History, Second Edition, OUP 2006
  3. Royal and Other Historical Letters Illustrative of the Reign of Henry III, ed. W.W. Shirley (Rolls Series, 1862-6), ii, 289-90
  4. Conduit, Brian. Battlefield Walks in the Midlands. Sigma Leisure. pp. 12–13. ISBN 978-1-85058-808-5.
  5. a b Page, W., ed. The Victoria County History of the County of Warwick, vol. 1 (London, 1904), p 380
  6. http://www.cusd.claremont.edu/~ccandy/his/kenil.html
  7. Blaauw, W.H. The Barons’ War (London, 1871), p 307
  8. The Chronicle of William de Rishanger of the Barons’ Wars, ed. J.O. Halliwell (Camden Society, 1840), p 51.
  9. Powicke, F.M. King Henry III and the Lord Edward (Oxford, 1947), p 531.
  10. M.C. Prestwich, Edward I (Berkeley, 1988), p 56;
  11. Chronicles of the Mayors and Sheriffs of London, 1259-66’, in English Historical Documents, 1189-1327 (London, 1975), p 193
  12. Tout, Thomas Frederick (1905). The History of England from the Accession of Henry III. to the Death of Edward III. (1216-1377). Longmans, Green and Co.. p. 131.

Referências