Chaetosalpinx é um fóssil icnogénero de bioclaustrações, que é considerado um tipo de vestígio fóssil marinho paleozoico. Viviam dentro do esqueleto em crescimento dum organismo hospedeiro vivo, produzindo uma cavidade chamada bioclaustração. O Chaetosalpinx possui cavidades rectas ou sinuosas paralelas ao eixo de crescimento do hospedeiro com o qual vive. A cavidade pode ser circular ou oval na secção transversal e não possui tábulas que formem um piso ou revestimento da parede.[1] São comuns no meio de fósseis de corpos tabulados e rugosos desde o Ordovícico tardio ao Devónico da Europa e da América do Norte.[1][2][3][4] Eram seguramente parasitas.[5]

Um exemplo de Chaetosalpinx Sokolov, 1948, Chaetosalpinx sibiriensis em Paleofavosites cf. collatatus, Bagovitsa A, Ucrânia, subformação Muksha, Ludlow, secção transversal; a seta aponta para C. sibiriensis.
Chaetosalpinx sibiriensis em Paleofavosites cf. collatatus, Bagovitsa A, Ucraína, subformação Muksha, Ludlow, secção transversal; a seta aponta para C. sibiriensis

Referências

  1. a b Tapanila, L. (2005). «Palaeoecology and diversity of endosymbionts in Palaeozoic marine invertebrates: Trace fossil evidence». Lethaia. 38: 89–99. doi:10.1080/00241160510013123 
  2. Mõtus, M.-A.; Vinn, O. (2009). «The worm endosymbionts in tabulate corals from the Silurian of Podolia, Ukraine» (PDF). Estonian Journal of Earth Sciences. 58: 185–192. doi:10.3176/earth.2009.3.03. Consultado em 31 de julho de 2013 
  3. Vinn, O.; Mõtus, M.-A. (2012). «Diverse early endobiotic coral symbiont assemblage from the Katian (Late Ordovician) of Baltica». Palaeogeography, Palaeoclimatology, Palaeoecology. 321–322: 137–141. doi:10.1016/j.palaeo.2012.01.028. Consultado em 11 de junho de 2014 
  4. Vinn, O.; Wilson, M.A.; Mõtus, M.-A. (2013). «Symbiotic worm endobionts in a stromatoporoid from the Rhuddanian (lower Silurian) of Hiiumaa, Estonia». PALAIOS. 28: 863–866. doi:10.2110/palo.2013.078. Consultado em 11 de junho de 2014 
  5. Zapalski, M. K. (2007). «Parasitism versus commensalism: the case of tabulate endobionts». Palaeontology. 50: 1375–1380. doi:10.1111/j.1475-4983.2007.00716.x