"Chefe Sealth" (Ts'ial-la-kum), mais conhecido atualmente como Chefe Seattle (ou ainda Sealth, "Seathle", Seathl ou See-ahth) ( 1786 — 7 de Junho de 1866), foi líder das tribos Suquamish e Duwamish, no que hoje é o estado americano de Washington. Uma personalidade muito conhecida entre seu povo, ele lutou por uma forma de acomodar os colonos brancos, criando uma relação pessoal com o Doutor David Swinson "Doc" Maynard, um dos pais fundadores da cidade de Seattle no estado de Washington, assim designada em homenagem a ele.

Sealth
Sealth
El cap Seath'tl als 80 anys.
Nascimento 1786
Território de Washington
Morte 7 de junho de 1866 (79–80 anos)
Port Madison Indian Reservation
Filho(a)(s) Princess Angeline
Ocupação chefe tribal
Obras destacadas Chief Seattle's speech
Religião Igreja Católica

Um discurso amplamente divulgado argumentando em favor da responsabilidade ecológica e do respeito ao direito dos nativos americanos em relação à terra tem sido atribuído a este líder ameríndio. Contudo, as evidências indicam que a famosa "Carta do Cacique Seattle" tenha sido escrita muito depois, para defender a causa ecológica. Existe apenas uma transcrição do que o Cacique Seattle disse em 1854, feita pelo Dr. Henry Smith, que publicou suas memórias em 1887, 33 anos após. De acordo com Smith, o cacique simplesmente agradecia a generosidade do Presidente dos E.U.A. em comprar as suas terras.

Biografia editar

Sealth nasceu em cerca de 1786 na Ilha Blake ou perto dela. Seu pai, Schweabe, foi líder da tribo Suquamish, e sua mãe era princesa (Wood-sho-lit-sa) da tribo Duwamish.[1] Anos mais tarde, Sealth afirmou ter visto os navios da lendária Expedição de Vancouver quando estes exploravam o braço de mar Puget Sound que banha a atual cidade de Seattle.

Sealth ganhou sua reputação bastante jovem como líder e guerreiro, fazendo emboscadas e derrotando grupos invasores que subiam o rio Verde da Cordilheira das Cascatas, e atacavam as tribos Chemakum e S'Klallam, que viviam na Península Olímpica. Como muitos de seus contemporâneos, ele teve escravos capturados durante suas invasões. Ele era alto e forte em comparação aos nativos de Puget Sound, medindo aproximadamente 1,80m; comerciantes da Companhia da Baía de Hudson chamavam-lhe Le Gros (o Grande). Ele também era conhecido como orador; e quando se dirigia a uma plateia, diziam que sua voz era ouvida do seus campos até o Stevens Hotel em First and Marion, uma distância de aproximadamente 1,20 km.[1]

Ele se casou na vila de Tola'ltu a sudeste de Duwamish Head na Baía Elliott (agora parte de West Seattle). A sua primeira esposa La-Dalia morreu depois de dar à luz uma filha. Uma segunda esposa, Olahl, teve com ele três filhos e quatro filhas.[1] A mais famosa de suas filhas foi a primeira, Kikisoblu ou Princesa Angelina. Sealth foi batizado na Igreja Católica, com o nome de Noé, provavelmente em 1848 perto de Olympia.[2] O significado desta cerimonia pode ses questionado diante da citação aos deuses de seu povo em seu discurso mais famoso (abaixo).

Mesmo com todo o seu talento, Sealth perdia terreno gradualmente para Patkanim da tribo Snohomish quando os colonos brancos começavam a mostrar seu poderio. Quando seu povo foi expulso de suas terras, Sealth encontrou o Doutor Maynard em Olympia; eles desenvolveram uma relação amigável que trouxe benefícios para ambos. Convencendo os colonos de Duwamps a renomear a cidade para Seattle, Maynard oficializou seu apoio ao povo de Sealth e negociou relações relativamente pacíficas entre as tribos.

Sealth manteve seu povo fora da Batalha de Seattle (1856). Depois relutou para levar sua tribo a reserva demarcada, uma vez que misturar Duwamish e Snohomish geraria grandes conflitos. Maynard convenceu o governo da necessidade de permitir que Sealth fosse à oca de seu pai em Agate Passage, 'Casa do Homem Velho' ou Tsu-suc-cub. Sealth frequentou a cidade com seu nome, e teve sua fotografia tirada por E. M. Sammis em 1865.[1] Ele morreu em 7 de Junho de 1866, na reserva indígena dos Suquamish em Port Madison.

Ligações externas editar


Ligações externas editar

Referências

  1. a b c d *Emily Inez Denny (1899). Blazing the Way reprint 1984 ed. [S.l.]: Seattle Historical Society 
  2. "Chief Seattle and Chief Joseph: From Indians to Icons", by David M. Buerge