Chick lit

Frase significando um gênero de ficção feminina

Chick lit é um gênero ficcional da literatura feminina que aborda questões das mulheres modernas. Romances identificados como chick lit normalmente abordam relacionamentos românticos, amizades femininas e lutas no local de trabalho de maneira bem-humorada e alegre.[1] As protagonistas são tipicamente mulheres urbanas e heterossexuais na casa dos vinte e trinta e poucos anos.[2][3] O formato se desenvolveu no início da década de 1990 com o lançamento de livros como o estadunidense Waiting to Exhale (1992) de Terry McMillan e o britânico The Old Girl Network (1994) de Catherine Alliott e experimentou grande êxito popular mundialmente com O Diário de Bridget Jones (1996) da britânica Helen Fielding, enquanto Sex and the City (1997) da estadunidense Candace Bushnell, obteve uma adaptação para televisão conquistando uma contínua influência cultural.[4][5]

No final da década de 1990, títulos chick lit regularmente lideravam as listas de mais vendidos, e muitos selos foram criados inteiramente dedicados a eles. Em meados da década de 2000 porém, foi notado que o seu mercado estava cada vez mais saturado,[6] e no início da década de 2010, editores haviam abandonado em grande parte a categoria. No entanto, o termo chick lit persiste como uma categoria popular de ficção tanto para leitores quanto para escritores amadores na internet.

Características principais editar

A principal característica do Chick lit é a protagonista, que é sempre do sexo feminino. Ela está, muitas vezes, tentando vencer (profissional e romanticamente) no mundo moderno. Suas histórias normalmente são bem humoradas e relatam o dia a dia da mulher moderna, sua rotina tripla, seus problemas amorosos, de peso, questões no trabalho, no namoro, no casamento, no divórcio.[7]

Principais autoras editar

Além das supracitadas autoras Candace Bushnell de Sex and The City e Helen Fielding de O Diário de Bridget Jones, outras autoras também destacam-se no chick lit como as estadunidenses Meg Cabot autora da série O Diário da Princesa e Lauren Weisberger autora de O Diabo Veste Prada (2003) e a irlandesa Marian Keyes autora de Melancia (1995) e Sushi (2000).[8] Em língua portuguesa, destacam-se as brasileiras Paula Pimenta e Carina Rissi.[8][9] e a portuguesa Margarida Rebelo Pinto.

Ver também editar

Referências

  1. Lynice Hooten, Jessica (2007). «In the Classroom or In the Bedroom, Review of Chick Lit: The New Woman's Fiction». JASNA News (em inglês). Arquivado do original em 28 de agosto de 2008 
  2. Rebecca Vnuk (15 de julho de 2005). «Collection Development 'Chick Lit': Hip Lit for Hip Chicks» (em inglês). Libraryjournal.com. Consultado em 30 de setembro de 2010. Arquivado do original em 1 de dezembro de 2010 
  3. «The White Terry McMillan Centering Black Women Within Chick Lit's Genealogy». Taylor and Francis Group (em inglês). 2018. doi:10.4324/9781315107400-9 
  4. Whelehan, Imelda (2002). Bridget Jones's Diary: A Reader's Guide (em inglês). [S.l.]: Bloomsbury Academic 
  5. Smith, Caroline J. (2008). Cosmopolitan Culture and Consumerism in Chick Lit (em inglês). [S.l.]: Routledge 
  6. Donadio, Rachel (19 de março de 2006). «The Chick-Lit Pandemic». The New York Times 
  7. Julianna Steffens (11 de novembro de 2009), O que é Chick Lit?, consultado em 24 de fevereiro de 2012 
  8. a b Kusumoto, Meire (19 de janeiro de 2014). «A nova onda da chick lit juvenil brasileira». Veja. Consultado em 16 de outubro de 2019 
  9. Izel, Adriana (17 de julho de 2016). «Chick lit: Autoras se destacam ao apostar no gênero com linguagem moderna». Correio Braziliense. Consultado em 16 de outubro de 2019 

Bibiografia adicional editar

Ligações externas editar