As Colinas de Matobo (ou Colinas de Matopas), a cerca de 50 km a sul de Bulawayo, na província de Matabeleland Sul, Zimbabwe, são um conjunto de formas rochosas que se erguem acima do escudo granítico que cobre a maior parte deste país. Os grandes rochedos são abrigos naturais e têm estado associados à ocupação humana desde o início da Idade da Pedra até tempos históricos mais recentes. Neles se encontra uma das maiores colecções de arte rupestre da África Austral.

Colinas de Matobo 

Parque Nacional de Matobo

Critérios C (iii) (v) (vi)
Referência 306 en fr es
País  Zimbabwe
Coordenadas 20° 30' S, 28° 30' E
Histórico de inscrição
Inscrição 2003

Nome usado na lista do Património Mundial

O material encontrado nestas formações e as pinturas dão uma imagem muito pormenorizada da vida das sociedades da Idade da Pedra e da forma como as sociedades de agricultores as substituíram. As colinas de Matobo continuam a ter importância para as comunidades locais, que visitam certos lugares sagrados para cerimónias ligadas às suas actividades traditionais, tanto sociais como económicas. A religião Mwari, com centro em Matobo e que parece ter origem na Idade da Pedra, é a mais importante tradição oracular na África Austral.

O local encontra-se incluído no Parque Nacional de Matobo, que é igualmente uma área de conservação da natureza.

Mzilikazi, o fundador da nação Ndebele, que se encontra enterrado numa das colinas, foi quem deu o nome a esta área. Aparentemente, os blocos de granito recordaram-lhe uma reunião dos seus indunas e chamou-lhes “amaTobo” ou “os carecas”. O espólio de Mzilikazi, incluindo carros e móveis, foram guardados por mais de um século numa cave próxima, e neste momento podem ser observados através de pequenas aberturas nas rochas. Cecil John Rhodes, o grande colonialista britânico da África Austral no século XIX, também se encontra enterrado nas Colinas de Matobo.

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