Colomesus é um gênero de peixes da família Tetraodontidae que inclui duas espécies confinadas à América do Sul. Apesar das diferenças no tamanho, as duas espécies são superficialmente similares, verde na regiaõ dorsal, branco no ventre e com listras negras horizontais.

Como ler uma infocaixa de taxonomiaColomesus
Baiacu-amazônico (Colomesus asellus)
Baiacu-amazônico
(Colomesus asellus)
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Subfilo: Vertebrata
Classe: Actinopterygii
Ordem: Tetraodontiformes
Família: Tetraodontidae
Género: Colomesus
Gill, 1884
Espécies
Colomesus asellus

Colomesus psittacus

Distribuição editar

O gênero Colomesus está restrito a América do Sul. O Colomesus psittacus é encontrado na costa atlântica, do Golfo de Paria até a foz do rio Amazonas. O Colomesus asellus é confinado a bacia do rio Amazonas do Brasil até o Peru.[1]

Descrição editar

  • Colomesus psittacus (baiacu-papagaio ou baiacu-listrado), é uma espécie eurialina que move-se livremente entre a água salgada e doce. É a maior das duas espécies, alcançando 30 centímetros de comprimento quando adultos.[2]
  • Colomesus asellus (baiacu-amazônico), é normalmente encontrado somente em águas doces embora tolere levemente águas salobras.[2][3] Colomesus asellus é relativamente pequeno, medindo cerca de 8 centímetros quando adultos, embora espécimes de 15 cm sejam reportados.[1] Comparado com o Colomesus psittacus, as faixas negras no dorso são mais grossas, e ele também tem uma distinta faixa negra ao redor da nadadeira caudal.[1]

Ecologia editar

Colomesus psittacus e Colomesus asellus alimentam-se principalmente de invertebrados, como moluscos e crustáceos. Eles tem um bico poderoso para abrir suas presas. Colomesus asellus também alimenta-se extensivamente de insetos, particularmente de mosquitos e larvas de Chironomidae.[1] Como outros membros da família, eles tem a capacidade de inflar-se quando ameaçados, fazendo com que seu tamanho aumente e assim afugentando predadores. Colomesus asellus possui hábito migratório[4] e não territoriais,[1] incomum entre os membros de água doce da família.

Eles se reproduzem durante a estação úmida, desovando nos rios, numerosos pequenos ovos que ficam aderidos ao substrato. A larva é levada pela correnteza.[4]

Toxicidade editar

Colomesus asellus é conhecido por possuir uma toxina, a saxitoxina. O Colomesus psittacus tem uma carne comestível, mas o fígado é tóxico, mas não se sabe se contenha saxitoxina ou tetrodotoxina (como no caso de muitos membros marinhos da família).[5]

Colomesus spp. em aquários editar

Colomesus asellus é comumente mantido como peixe de aquário.[1] Ele necessita de uma amplo espaço para nadar e água corrente. Comparado com outras espécie de baiacus, o Colomesus asellus é incomum, sendo tolerante à companhia, e tendendo a ficar inpaciente quando solitário.[6] Ele pode ser mantido em tanques comunitários, apesar de atacar e morder as barbatanas de outras espécies comumente mantidas junto, como Pterophyllum scalare, Poecilia reticulata, e Corydoras sp.

Por causa do tamanho avantajado e da necessidade de água salgada, o Colomesus psittacus é raramente mantido em aquários, mas possui necessidades similares a outra espécie.[7] Ele não é uma espécie disiplinada e pode ser agressivos com outros de sua própria espécie, sendo mantidos isolados.[8]

Referências

  1. a b c d e f Ebert, Klaus (2001): The Puffers of Fresh and Brackish Water, Aqualog, ISBN 393170260X
  2. a b Monks N. (editor): Brackish Water Fishes, TFH 2006, ISBN 0-7938-0564-3
  3. Ed. Froese, Rainer; Pauly, Daniel. «"Colomesus asellus. www.fishbase.org (em inglês). FishBase 
  4. a b Carlos Araujo-Lima, Daniela Savastano, & Luciana Cardeliquio Jordao (1994): Drift of Colomesus asellus (Teleostei: Tetraodontidae) larvae in the Amazon River. Revue d’Hydrobiologie Tropicale 27: 33-38. [1] Arquivado em 4 de maio de 2004, no Wayback Machine.
  5. J. C. Freitas (2006): Eating habits: are we safe to consume freshwater puffer fish from the Amazon region in Brazil? Journal of Venomous Animals and Toxins including Tropical Diseases 12: 153-155.[2]
  6. «Colomesus asellus». Consultado em 16 de fevereiro de 2007. Arquivado do original em 23 de fevereiro de 2007 
  7. «Colomesus psittacus». Consultado em 16 de fevereiro de 2007. Arquivado do original em 23 de fevereiro de 2007 
  8. Ed. Froese, Rainer; Pauly, Daniel. «"Colomesus psittacus. www.fishbase.org (em inglês). FishBase 

Ligações externas editar