Composição atributiva

Em tupi, a composição atributiva é um dos dois tipos de composição naquela língua, junto com a composição com relação genitiva. As composições atributivas, como o nome sugere, são as que fornecem algum atributo ao substantivo principal. Podem ser de dois tipos:

  • substantivo +adjetivo
  • substantivo + substantivo (este último funcionando como aposto)
Um dos tipos de composição atributiva. O outro é do tipo substantivo +substantivo. O determinado, 'y, vem antes do determinante, ou do atributo, piranga

Ao contrário das composições com relação genitiva, nas atributivas não ocorre a inversão dos termos: eles aparecem na ordem em que apareceriam em português (ver imagem), com a diferença de que em tupi eles vêm justapostos (são escritos juntos) e são considerados uma palavra só; isto é, obedecem às mesmas regras que qualquer substantivo.[1]

Ybyraitá: pau-ferro (ybyrá, pau, itá, ferro), espécie de árvore de madeira bastante dura. É um exemplo de composição atributiva com dois substantivos.

Há também a composição atributiva do tipo substantivo + substantivo. Estes formam o que em português seriam substantivos compostos ligados por hífen, como Deus-pai, fruta-pão, fruta-pote, e assim por diante. Em termos técnicos, o segundo substantivo da composição (em tupi) tem a função de aposto e serve para limitar o substantivo anterior, especificando-lhe um tipo ou atributo. Nesses casos também não ocorre inversão.[1]

O fenômeno não é exclusivo do tupi. Também é encontrado no guarani e em línguas não indígenas.[1]

Ver também editar

Referências

  1. a b c NAVARRO, E. A. Método moderno de tupi antigo: a língua do Brasil dos primeiros séculos. Terceira edição revista e aperfeiçoada. São Paulo. Global. 2005
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