Conexionismo é um conjunto de técnicas de diferentes campos, como inteligência artificial, psicologia cognitiva, ciências cognitivas, neurociência e filosofia da mente, que modelam fenômenos mentais e de comportamento.Existem várias formas de conexionismo, sendo as mais comuns as que utilizam modelos de redes neurais.

Princípios básicos editar

O princípio fundamental do conexionismo é que fenômenos mentais podem ser descritos como a interconexão de redes que possuam unidades uniformes e simples. A forma de conexão e as unidades variam de modelo para modelo. Por exemplo, as unidades podem ser representada como neurônios e as conexões como sendo sinapses, como no cérebro humano.

Ativação editar

A ativação é usada em muitos modelos conexionistas, e pode ser descrita como um valor numérico que representa algum aspecto de uma unidade. Por exemplo, se a unidade no modelo utilizado for o neurônio, a ativação pode representar a probabilidade deste neurônio gerar um potencial de ação.

Redes neurais editar

 Ver artigo principal: Rede neural artificial

É o método conexionista mais utilizado atualmente. Apesar de existirem muitas variedades de redes neurais, dois princípios são largamente utilizados:

  1. Qualquer estado mental pode ser descrito como um vetor de dimensão N de ativações numéricas sobre unidades neurais em uma rede
  2. A memória é criada pela modificação da força entre unidades neurais.

Realidade biológica editar

Modelos conexionistas não precisam necessariamente ser biologicamente reais, mas alguns pesquisadores tentam modelar os aspectos biológicos de redes neurais naturais.

Aprendizado editar

As interconexões recebem um valor ("peso") ajustado com base em teorias de aprendizado ou algoritmos de aprendizado.

Referências

Bibliografia editar

  • Rumelhart, D.E., J.L. McClelland and the PDP Research Group (1986). Parallel Distributed Processing: Explorations in the Microstructure of Cognition. Volume 1: Foundations, Cambridge, MA: MIT Press, ISBN 978-0262680530
  • McClelland, J.L., D.E. Rumelhart and the PDP Research Group (1986). Parallel Distributed Processing: Explorations in the Microstructure of Cognition. Volume 2: Psychological and Biological Models, Cambridge, MA: MIT Press, ISBN 978-0262631105
  • Pinker, Steven and Mehler, Jacques (1988). Connections and Symbols, Cambridge MA: MIT Press, ISBN 978-0262660648
  • Jeffrey L. Elman, Elizabeth A. Bates, Mark H. Johnson, Annette Karmiloff-Smith, Domenico Parisi, Kim Plunkett (1996). Rethinking Innateness: A connectionist perspective on development, Cambridge MA: MIT Press, ISBN 978-0262550307
  • Marcus, Gary F. (2001). The Algebraic Mind: Integrating Connectionism and Cognitive Science (Learning, Development, and Conceptual Change), Cambridge, MA: MIT Press, ISBN 978-0262632683
  • Medler, David A. (1998). «A Brief History of Connectionism» (PDF). Neural Computing Surveys (em inglês). 1: 61–101