Conflito sectário em Molucas

O conflito sectário nas Ilhas Molucas foi um período de conflito étnico-político ao longo de linhas religiosas, que atravessou as ilhas indonésias que compõem o arquipélago de Molucas, com distúrbios particularmente graves nas ilhas de Amboina e Halmahera. A duração do conflito é geralmente datada do início da era Reformasi no início de 1999 até a assinatura do Acordo Malino II em 13 de fevereiro de 2002.

As principais causas do conflito são atribuídas à instabilidade política e econômica em geral na Indonésia após a queda de Suharto e a desvalorização da rupia durante e depois de uma ampla crise econômica no Sudeste da Ásia. [1] A futura divisão da então província de Molucas na atual província de Molucas e na província de Molucas do Norte agravou ainda mais as disputas políticas distritais existentes [2][3] e, uma vez que a disputa política foi caracterizada ao longo de linhas religiosas, combates inter-comunitários irromperam entre as comunidades cristãs e muçulmanas em janeiro de 1999, transbordando para o que poderia ser descrito como uma guerra total e atrocidades contra a população civil cometidas por ambos os lados. [4] Os principais beligerantes foram milícias religiosas, portanto, de ambas as religiões, [5] incluindo a bem organizada Laskar Jihad islâmica, [6] e as forças militares do governo da Indonésia.[7]

Notas editar

  1. Bertrand 2004, p. 122
  2. Duncan, Christopher R. (outubro de 2005). «The Other Maluku: Chronologies of Conflict in North Maluku». Indonesia. Southeast Asia Program Publications at Cornell University. 80: 53–80. JSTOR 3351319 
  3. Bertrand 2004, pp. 129–131
  4. Hedman 2008, p. 50
  5. Sidel 2007, p. 181
  6. Sidel 2007, p. 184
  7. Bertrand 2004, p. 133

Bibliografia editar