Conjugação bacteriana

A conjugação bacteriana no ramo da microbiologia é um mecanismo de transferência do material genético entre duas bactérias, uma doadora e outra receptora. Ela é mediada pelo plasmídeo, um fragmento circular de DNA que se replica de modo independente do cromossomo da célula. Essa reprodução requer o contato direto entre bactérias e elas devem ser de tipos opostos de acasalamento, ou seja, a célula doadora deve transportar o plasmídeo, já a célula receptora normalmente não precisa. Esse plasmídeo, durante a transferência, passa uma cópia do filamento simples de DNA para a bactéria receptora, onde será sintetizado.[1]

Conjugação

Reprodução bacteriana vs. humana editar

Reprodução sexuada é quando há o compartilhamento de material genético entre os indivíduos. Na espécie humana essa é a forma que a reprodução ocorre entre o individuo do sexo masculino e o do feminino, no qual o espermatozoide (gameta masculino) é ejaculado para poder penetrar no óvulo (gameta feminino), e a partir dessa fecundação vai gerar um novo ser. Já nas bactérias o processo é diferente, elas se reproduzem tanto de forma sexuada quanto de forma assexuada. A conjugação, por exemplo, é do tipo sexuada, contudo as bactérias não possuem órgãos sexuais e nenhuma característica que indique que elas tenham sexo, portanto não existe bactéria macho ou fêmea.

Bactérias que fazem conjugação editar

 
Escherichia coli

As bactérias são seres unicelulares, constituídas de células procariontes, logo elas não possuem núcleos, pela sua morfologia diferente dos seres eucariontes, fortalece o conceito de não existir gênero sexual em bactérias, ao se falar da reprodução por conjugação o correto é usar o termo doadora e receptora. Os trabalhos experimentais para a descoberta desse mecanismo de reprodução foi realizado com a Escherichia coli K12, uma bactéria presente no trato gastrointestinal humano e em outros animais endotérmicos, ela possui forma de bastonete e aeróbia facultativa. Que causa doenças como: diarreia do viajante, cistite, meningite, sepse, peritonite.[2]

Bibliografia editar

  • Gerard J.Tortora, Berdell R. Funke, Christine L. Case, "Microbiologia", 10. ed., Artmed, 2012.

Referências

  1. «Conjugação Bacteriana». UFMG. Instituto de Ciências Biológicas - ICB. Consultado em 29 de dezembro de 2019 
  2. «Escherichia coli». Brasil Escola. Consultado em 29 de dezembro de 2019