Conão de Samos

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Conão de Samos (ca. 280 a.C. — ca. 220 a.C.) foi um astrônomo grego e matemático. Ele é primariamente lembrado por nomear a constelação Coma Berenices.

Conão de Samos
Nascimento 280 a.C.
Morte 220 a.C. (60 anos)
Ocupação Astronomia, matemática

Vida e trabalho editar

Conão nasceu em Samos, Iônia, e morreu possivelmente em Alexandria, Egito ptolemaico, onde era astrônomo da corte para Ptolemeu III Evérgeta.

Caio Valério Catulo dedicou um poema a Conão, em que descreve o episódio em que Berenice, esposa de Ptolemeu III Evérgeta, dedicou seus cabelos às deusas quando o rei voltou de sua campanha militar na Assíria,[Nota 1] e, quando os cabelos sumiram, Conão identificou-os no céu, com a Cabeleira de Berenice, Coma Berenices.[1]

Nem todos os astrônomos gregos aceitaram a atribuição. No Almagesto de Ptolemeu, Coma Berenices não é listado como uma constelação distinta. Entretanto, Ptolemeu faz atribuir várias indicações sazonais (parapegma) à Conão. Conão foi um amigo do matemático Arquimedes que ele provavelmente conheceu em Alexandria.

Papo estabelece que a espiral de Arquimedes foi descoberta por Conão. Apolônio de Perga relatou que Conão trabalhou com seções cônicas, e seu trabalho se tornou a base para o quarto livro de Cônica de Apolônio. Apolônio mais tarde relata que Conão enviou alguns de seus trabalhos à Trasídeo, mas que estavam incorretos. Já que seu trabalho não sobreviveu é impossível avaliar a precisão do comentário de Apolônio.

Em astronomia, Conão escreveu em sete livros seu De astrologia, incluindo observações sobre eclipses solares. Ptolemeu mais adiante atribui dezessete "signos das estações" à Conão, embora isto possa não ter sido dado em De astrologia. Seneca escreve que "Conão foi um observador cuidadoso" e que ele "gravou eclipses solares observados pelos egípcios",[2] embora a precisão desta declaração seja posta em dúvida. O romano Caio Valério Catulo escreve que Conão "discerniu todas as luzes do vasto universo e desvendou as ascensões e os cenários das estrelas, como o brilho flamejante do sol é escurecido e como as estrelas recuam em tempos fixos."[1][3]

Ver também editar

Notas e referências

Notas

  1. Esta guerra é denominada como a Terceira Guerra Síria, de 246 a.C..

Referências

  1. a b Catulo, Poema 66 [em linha]
  2. Otto E. Neugebauer (1975)
  3. Ivor Bulmer-Thomas (1970-1990)

Bibliografia editar

Ligações externas editar