Consciência infeliz

A consciência infeliz é um conceito central do pensamento hegeliano, que dá fundamento à tarefa de reparar a cisão histórica entre o finito e o infinito, o sensível e o suprassensível, o mutável e o imutável. Conforme Hegel, esse esforço se evidencia por meio da Consciência Infeliz, que propicia uma árdua busca do espírito pelo reconhecimento histórico racional de si mesmo, em sua liberdade.[1] [2]

Segundo Jesus Vasquez Torres, “enquanto herdeira do pensamento estoico e cético, a Consciência Infeliz aparece como consciência contraditória, curvada sobre si mesma e sempre dolorida. Além de efetivar um movimento de negação para com o mundo do aquém e tudo o que lhe diz respeito, busca se libertar da dor que é ser portadora desta contradição que surge justamente daquela sua atitude negativa”.[3]

Referências

  1. Lincoln Menezes de França (2013). «Estética e Consciência infeliz na filosofia hegeliana» (PDF). Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD). Consultado em 19 de junho de 2020 
  2. A. E. Machado (junho de 2009). «Sobre a Atividade da Consciência Infeliz na Fenomenologia do Espírito de Hegel». BRevista Eletrônica Estudos Hegelianos Ano 6, nº 10. Consultado em 19 de junho de 2020 
  3. Jesus Vasquez Torres (jan 2001). «A Consciência infeliz em Hegel» (PDF). BÁgora Filosófica, PUC-Rio. Consultado em 19 de junho de 2020