Conus granulatus

espécie de molusco

Conus granulatus (nomeada, em inglês, Glory of the Atlantic Cone;[3][5] na tradução para o português, "Conus glória do Atlântico") é uma espécie de molusco gastrópode marinho predador do gênero Conus, pertencente à família Conidae. Foi classificada por Carolus Linnaeus em 1758, descrita em sua obra Systema Naturae;[1] sendo a primeira espécie do gênero Conus do oeste do oceano Atlântico, entre a Carolina do Norte e o sul da Flórida, Estados Unidos, até o norte da América do Sul, no mar do Caribe, a ser nomeada para a ciência, em sua publicação.[3][4][6]

Como ler uma infocaixa de taxonomiaConus granulatus
Duas vistas de uma concha de C. granulatus, em vista superior (esquerda) e inferior (direita).
Duas vistas de uma concha de C. granulatus, em vista superior (esquerda) e inferior (direita).
Cinco vistas de uma concha de C. granulatus da coleção do Smithsonian Institution.
Cinco vistas de uma concha de C. granulatus da coleção do Smithsonian Institution.
Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Mollusca
Classe: Gastropoda
Subclasse: Caenogastropoda
Ordem: clade Hypsogastropoda
clade Neogastropoda
Superfamília: Conoidea
Família: Conidae
Género: Conus
Linnaeus, 1758[1]
Subgénero: Atlanticonus[2]
Petuch & Sargent, 2012[2]
Espécie: C. granulatus
Nome binomial
Conus granulatus
Linnaeus, 1758[1]
Distribuição geográfica
A região entre a Carolina do Norte e o sul da Flórida, Estados Unidos, até o norte da América do Sul, no mar do Caribe (mapa), é o habitat da espécie C. granulatus.[3][4]
Sinónimos
Atlanticonus granulatus (Linnaeus, 1758)
Conus (Atlanticonus) granulatus (Linnaeus, 1758)
Gladioconus granulatus (Linnaeus, 1758)
Conus laetus Gmelin, 1791
Conus verulosus Hwass in Bruguière, 1792
Cucullus antillarum Röding, 1798
Conus roseus Fischer von Waldheim, 1807
Conus granulatus var. espinosai Sarasúa, 1977
(WoRMS)[1]

Descrição da concha editar

Esta concha tem um elegante e alongado corpo cônico de quase 6.5 centímetros de comprimento, mas geralmente com pouco menos de 4 centímetros quando desenvolvida; com espiral moderadamente baixa e arredondada em sua porção mais larga; e com sua volta final com três vezes o tamanho da sua espiral, esculpida com ranhuras sobre sua superfície. Sua coloração é mais ou menos pálida, avermelhada, rosada ou alaranjada, com linhas engrossadas em branco e transpassadas por áreas em zigue-zague, pontilhadas ou lineares, mais ou menos castanhas, principalmente na superfície central e periférica de sua última volta. Abertura dotada de lábio externo fino e interior róseo, se alargando muito levemente em direção à base (onde fica seu canal sifonal). Seu opérculo é pequeno, comparado com a extensão de sua abertura.[3][4][7][8][9] Presumivelmente, Linnaeus, seu catalogador, pretendia que o seu nome de espécie (granulatusː vindo do diminutivo de "granum", um grão) refletisse a rugosidade das nervuras em espiral de sua volta final.[4]

Distribuição geográfica, alimentação e conservação editar

Esta espécie é encontrada no oeste do oceano Atlântico, entre a Carolina do Norte e o sul da Flórida, Estados Unidos, e Bahamas, até o norte da América do Sul, no mar do Caribe; incluindo Quintana Roo, no México, Grandes Antilhas, Pequenas Antilhas, costa leste da Colômbia e Venezuela.[3][4][6] Vive em águas de rasas a profundas, entre 0 e 50 metros, se alimentando de vermes em substratos macios, entre os recifes de coral;[10][11][12][13] sendo considerada espécie pouco preocupante pela União Internacional para a Conservação da Natureza.[6]

Ligações externas editar

Referências

  1. a b c d «Conus granulatus» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 16 de abril de 2020 
  2. a b «Conus (Atlanticonus)» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 16 de abril de 2020 
  3. a b c d e ABBOTT, R. Tucker; DANCE, S. Peter (1982). Compendium of Seashells. A color Guide to More than 4.200 of the World's Marine Shells (em inglês). New York: E. P. Dutton. p. 269. 412 páginas. ISBN 0-525-93269-0 
  4. a b c d e KOHN, Alan J. (2014). Conus of the Southeastern United States and Caribbean (em inglês). Princeton and Oxford: Princeton University Press - Google Books. p. 56-59. 480 páginas. ISBN 978-0691135380. Consultado em 16 de abril de 2020 
  5. «The "Glory of..." Cone Shells» (em inglês). Encyclopaedia Romana. 1 páginas. Consultado em 16 de abril de 2020 
  6. a b c «Glory-of-the-Atlantic Cone - Conus granulatus» (em inglês). IUCN. 1 páginas. Consultado em 16 de abril de 2020 
  7. Welch, John J. (19 de janeiro de 2010). «The "Island Rule" and Deep-Sea Gastropods: Re-Examining the Evidence» (em inglês). PLOS ONE. 1 páginas. Consultado em 16 de abril de 2020 
  8. «Conus (Atlanticonus) granulatus» (em inglês). Hardy's Internet Guide to Marine Gastropods. 1 páginas. Consultado em 16 de abril de 2020. Arquivado do original em 11 de agosto de 2021 
  9. Tryon, George Washington; Pilsbry, Henry Augustus (1881–1898). «Manual of conchology, structural and systematic, with illustrations of the species» (em inglês). Philadelphia, Academy of Natural Sciences, Conchological Section (Internet Archive). p. 81-82. 414 páginas. Consultado em 16 de abril de 2020 
  10. «Conus granulatus» (em inglês). GulfBase.org. 1 páginas. Consultado em 16 de abril de 2020 
  11. Harland, Wayne (26 de novembro de 2011). «GRANU06» (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 16 de abril de 2020. Conus granulatus feeding proboscis has started to consume the worm. 
  12. Harland, Wayne (26 de novembro de 2011). «GRANU05» (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 16 de abril de 2020. Conus granulatus feeding proboscis is engulfing the worm -- like sucking up a piece of pasta! 
  13. Harland, Wayne (26 de novembro de 2011). «GRANU04» (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 16 de abril de 2020. Conus granulatus feeding proboscis has fully enveloped the worm.