Cornélio Jansénio

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Cornélio Jansénio[1] (português europeu) ou Jansênio (português brasileiro) (em latim: Cornelius Otto Jansenius; em alemão: Cornelius Otto Jansen; Acquoy, 28 de outubro de 1585Ypres, 6 de maio de 1638), foi um filósofo e teólogo neerlandês. Fundou o jansenismo, doutrina que prega o rigor moral.[2]

Cornélio Jansénio
Cornélio Jansénio
Retrat de Cornelius Jansen
Nascimento 28 de outubro de 1585
Acquoy
Morte 6 de maio de 1638 (52 anos)
Ypres
Sepultamento Catedral de São Martinho
Cidadania Países Baixos do Sul
Alma mater
  • Antiga Universidade de Lovaina
Ocupação teólogo, professor universitário, padre, bispo católico
Empregador(a) Universidades de Lovaina
Religião Igreja Católica
Causa da morte peste

Biografia editar

Iniciou seus estudos em 1602, na Universidade de Louvain, da qual se tornou professor a partir de 1617, liderando a teologia agostiniana, contra os jesuítas. Em 1635, indicado pelo rei da Espanha, tornou-se bispo de Ypres, na região flamenga da Bélgica. Morreu 3 anos depois.

Jansénio, reforçando Baius, reagiu contra o antigo otimismo pelagiano a respeito da vontade humana, tal como Agostinho e a Igreja oficial já o haviam feito na Idade Média. Tais ideias agora reacendiam dentro do espírito da Renascença e com os jesuítas, notadamente Molina.

A radicalização da posição agostiniana vinha ocorrendo desde Lutero e Calvino. Por isso a escola teológica jansenista tomou o aspecto de protestantismo dentro da Igreja Católica. Teve desdobramentos com base nos escritos de Jansénio, sobretudo após sua vida, com Arnauld e Nicole, ao mesmo tempo cartesianos.

Jansenismo editar

Apesar de ser um movimento teológico fundado na doutrina de Santo Agostinho sobre a predestinação humana, o jansenismo prestigiou o cartesianismo, principalmente a partir do Convento de Port-Royal, em Magny-les-Hameaux, a sudoeste de Paris. O rigorismo moral dos jansenistas só não conflituava directamente com o cartesianismo porque o Descartes simplesmente se omitira sobre a ética e a política. Além disto importa advertir-se que Agostinho é uma fonte comum a Descartes e ao jansenismo.

Obras editar

 
Frontispício do Agostinho, edição de 1640
  • Comentários Bíblicos e Panfletos Polêmicos
  • Agostinho (Augustinus, 1640), obra póstuma que serviu aos seus sucessores como fundamento para a campanha jansenista.

Referências

  1. Gonçalves, Rebelo (1947). Tratado de Ortografia da Língua Portuguesa. Coimbra: Atlântida - Livraria Editora. p. 347 
  2. google, books (1999). «Merriam-Webster's Encyclopedia of World Religions». Merriam-Webster's. Consultado em 23 de maio de 2016 

Fontes editar