Na teoria de códigos, a cota de Singleton, assim chamada em referência a R.C. Singleton, é uma limitação relativamente rude no tamanho de um código de blocos de comprimento , tamanho e distância mínima .

Determinação da cota editar

A distância mínima de um conjunto   de palavras-código de comprimento   é definido como

 

onde   é a distância de Hamming entre   e  . A expressão   representa o maior número possível de palavras-código em um código de blocos q-ários de comprimento   e distância mínima  .

Então a cota de Singleton estabelece que

 

Demonstração editar

Primeiramente observe que há   palavras q-árias de comprimento  , uma vez que cada letra em tais palavras pode assumir um entre   valores diferentes, independentemente das letras restantes.

Considere então um código de bloco q-ário   arbitrário para o qual a distância mínima seja  . Claramente todas as palavras   são distintas. Se forem removidas as primeiras   letras de cada palavra-código, então todas as palavras-código restantes devem ainda ser distintas duas a duas, já que todas as palavras-código originais de   possuíam distância de Hamming no mínimo   umas das outras. Então o tamanho do código permanece inalterado.

Cada uma das novas palavras-código obtidas possui comprimento

 

e então pode haver no máximo

 

delas. Assim, o código original   compartilha a mesma limitação em seu tamanho  :

 

Códigos MDS editar

Códigos de bloco que atingem a igualdade na cota de Singleton são chamados Códigos MDS (separáveis pela distância máxima). Exemplos de tais códigos incluem códigos que são gerados apenas por uma palavra-código (distância mínima n), códigos que usam   inteiramente (distância mínima 1), códigos com um único símbolo de paridade (distância mínima 2) e seus códigos duais. Estes são chamados frequentemente de códigos MDS triviais.

No caso de alfabetos binários, existem apenas os códigos MDS triviais.[1]

Exemplos de códigos MDS não triviais incluem os códigos de Reed–Solomon e suas versões estendidas.[2]

Ver também editar

Notas editar

  1. Veja por exemplo Vermani (1996), Proposição 9.2.
  2. Veja por exemplo MacWilliams & Sloane, Capítulo 11.

Referências editar

Further reading