Degeneração mixomatosa

Degeneração mixomatosa é uma doença comum caracterizada pela deterioração de tecidos conjuntivos do interior do coração (mixoma).[1] Geralmente envolve a válvula mitral e causa perda de elasticidade resultando prolapso da válvula mitral, uma patologia caracterizada por válvula incapaz de fechar corretamente permitindo retorno sanguíneo do ventrículo esquerdo para a aurícula esquerda. Raramente produz problemas graves, exceto quando associado a outros problemas cardíacos quando pode agravar uma insuficiência cardíaca.

Degeneração mixomatosa da válvula aórtica.

Quando associado a problemas de colágeno em todo o organismo, como a síndrome de Marfan ou a Síndrome de Ehlers-Danlos, a degeneração é mais extensa e envolve todas as válvulas cardíacas. Estudos norte-americanos estimam que a Degeneração mixomatosa da válvula mitral (DMVM) afeta entre 3 e 15% da população e é mais comum em mulheres jovens.[2]

Causa editar

Ainda não há consenso sobre a causa, mas envolve acúmulo de sulfato de dermatano, um glicosaminoglicano, no interior da matriz do tecido conjuntivo da válvula, causando engrossamento e amolecimento que reduz a elasticidade das válvulas cardíacas.

Sintomas editar

Conforme o prolapso avança haver tosse seca, cansaço com exercício e dor no peito. Ao exame pode ser identificado um sopro sistólico e anormalidades no eletrocardiograma. Raramente complica, podendo ser assintomático por décadas. As complicações são mais comuns em homens idosos com outros problemas cardíacos e envolvem [3][4]:

A insuficiência mitral pode ser corrigida cirurgicamente.

Em cachorros editar

Também chamado de endocardiose mitral ou de fibrose crônica valvular é a doença cardíaca mais comum em cachorros, e geralmente aparece após os 8 anos, especialmente em cachorros pequenos ou medianos como Poodles, Daschunds e Chihuahuas. Pode complicar para ruptura das cordas tendíneas (que abrem e fecham as válvulas) causando insuficiência cardíaca.[5]

Referências