Dither ou dithering é uma forma de ruído digital aplicado intencionalmente, usada para randomizar o erro de quantização, evitando padrões de grande escala. O dithering é usado rotineiramente no processamento dos dados de ambos áudio e vídeo digital e é frequentemente um dos últimos estágios de masterização em um CD.

Uma imagem próxima ao rosto da obra "David" (1504) de Michelangelo.
Uma imagem em escala de cinza representada em espaço preto e branco de 1 bit com matização.

Na computação gráfica editar

Dithering, em português, no contexto de computação, significa matização. É uma técnica óptica em que se intercalam pixels de duas cores diferentes entre duas áreas adjacentes, a fim de ali se criar uma tonalidade variante dos tons dessas áreas adjacentes, assim fazendo um degradê entre elas.[1]

O método possibilita a obtenção de tons de cores que, de outra forma, não se obteriam.

Com o emprego do método se dá a impressão de haver tons intermediários, por causa da dispersão controlada da quantidade de elementos gráficos (pixels) das duas tonalidades das quais se deseja obter o tom variante, o qual é reconhecido pelo olho humano como tal.

A matização também é usada em impressoras para produção de tons intermediários, ou meios-tons.

No áudio digital editar

O dither é um ruído branco, ou seja, aleatório e de igual intensidade em diferentes frequências. É inserido no bit menos significante (o LSB, Least Significant Bit) do sinal de áudio. Esse ruído é como uma vibração constante, semelhante ao zumbido quase imperceptível do carro em movimento. Como é randômico, ele leva aleatoriedade aos sinais mais baixos do sinal, mascarando o ruído periódico criado pelos erros de quantização.[2]

Referências

  1. Eduardo Amaral, Fabio (19 de janeiro de 2009). «O que é Dithering?». Tecmundo. NZN. Consultado em 4 de outubro de 2020 
  2. «Dither - Mas afinal, o que é e como usá-lo em minhas gravações?». Magroove Blog. 15 de setembro de 2019. Consultado em 4 de outubro de 2020